Parintins (AM) – A semana do Festival Folclórico chegou e com ela Parintins se veste de alegria, amor, dança e festa para receber os turistas que já começam a desembarcar na cidade. Mas, para o parintinense, a semana do festival é também sinônimo de mais trabalho, mais lucros, mais renda e de aproveitar o potencial do maior evento popular do Norte.
A população aprendeu a buscar na vocação turística, não só o prazer, o lazer, mas também o faturar, porque o mesmo parintinense que se fantasia é o que fortalece e faz girar a economia.
Além de arrumar a casa, pintar os muros, colocar o melhor sorriso, cantar “sejam benvindos os visitantes”, ou “ ao longe se ouviu o tambor ressoar os tambores”, o povo aproveita para explorar a festa como produto turístico.
É o caso do João Raimundo Farias, tricicleiro há mais de 20 anos. Ele enfeitou o veículo com todos os adereços possíveis para atrair o visitante. “Estamos com muita expectativa do movimento melhorar muito a partir de hoje. Vai dar tudo certo, eu perdi um sobrinho na pandemia, mas agora vamos trabalhar pra ganhar o sustento dos netos, são quatro lá em casa”, contou. O triciclo vermelho tem o motivo. “Ah esse aqui é do povão e o Garantido vai ser campeão”, avisou.
Outro tricicleiro, Valcir Pereira Barros, também está otimista. “Vai ser um festival de bênçãos, Deus está abençoando nossa cidade, vai ser tudo bacana e vamos estar aqui na batalha, pegando todo tipo de carreto e levar a vida pra frente”, assegurou.
No caminho para a área do Bumbódromo, a Morena Castro veio do bairro de Palmares, conduzindo um isopor com bebidas. “Vamos aproveitar os dias de sol e festa para vender mais bebidas. Tenho esperança de faturar mil reais”, disse ela.
Por toda a cidade já é possível ver a transformação que Parintins experimenta na semana do festival. O movimento intensifica com grandes tendas armadas nas praças para serviços e exposições, além das gigantes estruturas que ganham forma nos locais onde vão acontecer os eventos paralelos ao festival.
A cidade entra na contagem regressiva e o vento norte assovia anunciando que as emoções estão só começando.
Por Peta Cid
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