Paciente com varíola dos macacos está isolado e vigilância de SP faz contato com pessoas próximas

Paciente com varíola dos macacos está isolado e vigilância de SP faz contato com pessoas próximas

O primeiro caso de varíola dos macacos foi confirmado no Brasil na quarta-feira (8), na cidade de São Paulo. O paciente é um homem, de 41 anos, que esteve na Espanha e em Portugal e apresentou os primeiros sintomas, como febre e dor muscular, no dia 28 de maio. O paciente está em isolamento no Hospital Emílio Ribas, na Zona Oeste da capital paulista.

Em entrevista nesta sexta-feira (10), o secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde de São Paulo, David Uip, afirmou que a situação não é alarmante.

“O indivíduo, quando tem a hipótese de diagnóstico, ele é isolado. Se esse diagnóstico repercute em uma doença clínica mais exuberante, ele é internado em um hospital, como foi esse nosso paciente internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas”, disse Uip.

“O paciente fica isolado, o serviço de vigilância epidemiológica do estado contacta todas as pessoas que tiveram proximidade com o caso índex, com esse paciente, e vigia pelo período de incubação”, completou.

A doença é causada por um vírus que pertence ao gênero ortopoxvírus da família Poxviridae. Existem dois grupos de vírus da varíola dos macacos: o da África Ocidental e o da Bacia do Congo (África Central).

Incubação

O vírus da varíola dos macacos é transmitido de uma pessoa para outra por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. O período de incubação é geralmente de 6 a 13 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias.

“O indivíduo que teve contato com esse paciente continua sendo vigiado até que se encerre esse período de incubação. No 21º dia ou ele apresentou manifestações de doença ou não. Caso não, ele é liberado. Caso ele tenha doença, passa a ser acompanhado pelos serviços de saúde”, explicou Uip.
Uso de máscara

A doença também pode ser transmitida pelo contato com a pele durante o sexo, incluindo beijos, toques, sexo oral e com penetração com alguém que tenha sintomas. Como medidas de proteção, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda evitar contato próximo com qualquer pessoa que tenha sintomas.

Os sintomas da varíola dos macacos incluem erupção cutânea com bolhas no rosto, mãos, pés, olhos, boca ou genitais, febre, linfonodos inchados, dores de cabeça e musculares e falta de energia.

As medidas de prevenção incluem a busca por atendimento médico diante dos sintomas, seguido de isolamento em casa. Deve-se evitar o contato com a pele, rosto e contato sexual com qualquer pessoa que tenha sintomas. As mãos, objetos e superfícies que são tocados regularmente devem ser higienizados. A OMS recomenda, ainda, o uso de máscara se estiver em contato próximo com alguém com sintomas.

“O aconselhamento ao secretário de saúde e ao governador é que nós tenhamos as mesmas medidas de precaução, ou seja, recomendação para que as pessoas, especialmente as mais vulneráveis, usem máscara nos ambientes fechados”, disse Uip. “Quem são as pessoas mais vulneráveis: mais idade, que tenham doenças preexistentes como diabetes, pacientes transplantados e pacientes em tratamento oncológico”, completou.

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