Oito capitais já definiram data para começar a vacinar crianças

Oito capitais já definiram data para começar a vacinar crianças

A vacinação infantil contra a Covid-19 no Brasil começará nesta semana. Oito capitais já anunciaram em qual dia pretendem iniciar a aplicação das doses para crianças de 5 a 11 anos, segundo levantamento do Metrópoles. As datas variam entre 14 e 17 de janeiro.

As prefeituras de Campo Grande, Goiânia, Salvador, João Pessoa, Porto Alegre, Teresina e Rio de Janeiro, além do governo do Distrito Federal, já definiram quando terá início a nova fase da campanha.

A Fundação Municipal de Saúde de Teresina está capacitando os profissionais de saúde que farão a vacinação na capital piauiense. Lá, a aplicação dos imunizantes destinados a esse grupo também começa em 14 de janeiro.

Em Salvador, a imunização tem início em 15 de janeiro, com salas de vacinação exclusivas.

O governador em exercício do Distrito Federal, Paco Britto (Avante), informou que o início da campanha na capital federal está previsto para domingo (16/11). A princípio, o fármaco será administrado apenas em crianças de 11 anos e menores com comorbidades e síndrome de Down, conforme revelou a coluna Janela Indiscreta.

A Secretaria de Saúde de João Pessoa também confirmou para o próximo domingo o início da vacinação das crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19.

Em Goiânia, a aplicação começará em 17 de janeiro. Levantamento feito pela Superintendência de Vigilância em Saúde aponta que 120 mil crianças moradoras da capital goiana fazem parte do público apto a receber a primeira dose da vacina.

A Prefeitura do Rio de Janeiro foi a primeira a definir calendário. A imunização das crianças cariocas começa em 17 de janeiro, para meninas de 11 anos. Na terça-feira (18/1), será a vez dos meninos com a mesma idade.

Porto Alegre anunciou que iniciará a imunização em 19 de janeiro.

A vacina pediátrica da Pfizer será aplicada inicialmente no público de 5 a 11 anos com comorbidades (como diabetes, hipertensão, asma ou meninos e meninas imunossuprimidos) ou com deficiência permanente.

A Anvisa aprovou, em 16 de dezembro, a aplicação do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos.

A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos.

Apesar da autorização, o início da vacinação de crianças no Brasil depende da presteza do Ministério da Saúde, uma vez que a pasta é responsável por incluir o público no Programa Nacional de Imunizações (PNI) e adquirir doses especiais.

Desde o início da pandemia, 301 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil.

Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações.

De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos.

Contudo, o posicionamento da Anvisa tem causado embate no país. Desde o aval para a aplicação da vacina em crianças, a agência reguladora vem sofrendo críticas de Bolsonaro, de seus apoiadores e de grupos antivacina.

Para discutir a aplicação da vacina em crianças, o Ministério da Saúde abriu consulta pública e anunciou que a imunização terá início em 14 de janeiro. Além disso, a apresentação de prescrição médica não será obrigatória.

Inicialmente, a intenção do governo era de exigir prescrição. No entanto, após a audiência pública realizada com médicos e pesquisadores, o ministério decidiu recuar.

De acordo com a pasta, o imunizante usado será o da farmacêutica Pfizer e o intervalo sugerido entre cada dose será de 8 semanas. Caso o menor não esteja acompanhado dos pais, ele deverá apresentar termo por escrito assinado pelo responsável.

Além disso, apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina.

Segundo dados da Pfizer, aproximadamente 7% das crianças que tomaram dose do imunizante apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% delas esses eventos adversos tinham relação com a vacina. Nenhum deles foi grave.

Países como Israel, Chile, Canadá, Colômbia, Reino Unido, Argentina, Cuba, e a própria União Europeia, por exemplo, são alguns dos locais que autorizaram a vacinação contra a Covid-19 em crianças.

Nos Estados Unidos, cerca de 5 milhões de doses já foram administradas no público de 5 a 11 anos.

A decisão do Ministério da Saúde de prolongar o intervalo das doses da imunizante contraria a orientação da Anvisa, que defende uma pausa de três semanas entre uma aplicação e outra para crianças de 5 a 11 anos.

Outras capitais aguardam o recebimento dos lotes com as vacinas para definirem as datas. Grande parte delas, no entanto, garante que já possui esquema organizado para a imunização.

Autorização

O Ministério da Saúde permitiu a vacinação de crianças de 5 a 11 anos em 6 de janeiro.

O imunizante a ser aplicado é o fármaco desenvolvido pela Pfizer – até o momento, única fórmula autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para esse público.

Segundo previsão do Ministério da Saúde, em janeiro, o país receberá 4,3 milhões de doses; em fevereiro, outras 7,2 milhões. Por fim, em março, será entregue o maior volume: 8,4 milhões.

Para o primeiro trimestre de 2022, a previsão é que o ministério receba 20 milhões de doses para crianças. A estimativa da pasta é que a primeira remessa desembarque no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), em 13 de janeiro.

A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco. Para os maiores de 12 anos, o imunizante, que será administrado em doses de 0,3 ml, terá tampa de cor roxa.

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