Morre aos 83 anos a escritora Lya Luft, autora do best-seller ‘Perdas e Ganhos’

A ecritora foi vítima de um melanoma, câncer de pele descoberto já com metástase. Foto: Divulgação

A escritora Lya Luft morreu na madrugada desta quinta-feira (30), enquanto dormia, em Porto Alegre (RS). Ela foi vítima de um melanoma, câncer de pele descoberto já com metástase, contra o qual lutava há sete meses.

Lya Luft tinha 83 anos e estava internada, mas quis voltar para casa antes do Natal. Era mãe de Suzana, André (que morreu em 2017) e Eduardo, e estava casada com o também escritor Vicente de Britto Pereira, seu terceiro marido.

Ela foi autora de cerca de 30 obras, muitas traduzidas para vários idiomas, e entre as mais conhecidas estão “As Parceiras” e “Perdas e Ganhos”.

A escritora nasceu em Santa Cruz do Sul (RS), em 1938. Formou-se em Pedagogia e Letras na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Trabalhou como tradutora de obras em inglês e alemão.

Em 1964 lançou seu primeiro livro, “Canções de Limiar”, com uma série de poemas. Após “Flauta Doce” e “Matéria do Cotidiano”, ambos na década de 1970, veio “As Parceiras”, seu primeiro grande sucesso. Por meio de uma narradora feminina, o romance aborda as relações de loucura, morte e tragédia que envolvem uma família.

A partir dos anos 1980, Lya Luft lançou “A Asa Esquerda do Anjo”, “O Quarto Fechado”, “Exílio”, “O Lado Fatal”, “O Rio do Meio” e “Mar de Dentro”. Em 2003, veio o seu primeiro best-seller, “Perdas e Ganhos”, que trata de amadurecimento e amargura a partir de uma perspectiva pessoal. O livro vendeu quase um milhão de cópias.​

A escritora produziu ainda “Em Outras Palavras”, “O Silêncio dos Amantes”, “Pensar É Transgredir”, “Múltipla Escolha”, o infantil “Histórias de Bruxa Boa”, “O Tigre na Sombra” (premiada pela Academia Brasileira de Letras) e “As Coisas Humanas”, seu último livro, lançado em 2020.

“As Coisas Humanas” é uma reflexão sobre juventude, velhice, amor, solidão e luto, influenciada pela morte de um dos filhos da escritora, André, que em 2017 sofreu uma parada cardíaca enquanto surfava.

Paralelamente ao trabalho de escritora, Lya Luft atuava como tradutora e assinava uma coluna no jornal “Zero Hora”.

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