Aly Almeida põe stents em São Paulo, após susto de infarto ocorrido em Manaus

Aly Almeida põe stents

Aly Almeida põe stents e segue para a recuperação no Rio de Janeiro. Na foto com os netos, ele é o único treinador amazonense a integrar seleção brasileira, com atleta, em Olimpíada

Aly Almeida, 77, amazonense, ex-treinador da seleção brasileira de natação, acaba de “pular uma fogueira”. Um dos pioneiros do jiu-jítsu no Amazonas, ele passou por cirurgia cardíaca, em São Paulo. Sofreu infarto, teve o primeiro atendimento em Manaus e foi removido em UTI aérea. “Havia uma calcificação e eles colocaram três stents. Com os cinco que já tinha, agora tenho oito”, revela.

O treinador terá que voltar ao médico paulista a cada 90 dias, para revisão geral, e preferiu ficar no Rio de Janeiro. “Estarei a apenas 40 minutos de voo, em caso de alguma intercorrência. Fiquei muito debilitado e minha família preferiu não arriscar”, disse.

Amigos e parentes estavam preocupados. Aly foi levado às pressas ao hospital, ainda em Manaus, e os médicos falaram em “morte súbita” e “necessidade de cirurgia com abertura de peito”. Aly conseguiu ser removido em UTI aérea, a duras penas. “Aqui constataram que havia uma calcificação, mas o sangue estava passando. E não houve necessidade de abrir o peito. Eu estava com uma infecção grave e os médicos daqui primeiro curaram essa infecção para poder fazer a cirurgia. Se a gente tivesse feito na correria, eu não ia conseguir resistir”, explica.

 

Único em Olimpíada

Aly Almeida foi o único treinador amazonense a ter um atleta em Olimpíada e acompanhá-lo, como técnico brasileiro. Aconteceu em Barcelona 1992, com Eduardo Piccinini, que nadava os 100 metros borboleta. Ele ficou em 12º lugar na prova. Mas aquela foi a comissão técnica que trouxe a primeira medalha da natação brasileira, a prata de Gustavo Borges. E Aly a integrava.

O treinador está cada vez mais reflexivo e religioso, após enfrentar a morte da filha, em meio a atendimento de urgência que gerou um longo contencioso jurídico. Aly também viu Aly Filho, bicampeão da Travessia Almirante Tamandaré, no rio Negro, sair a duras penas da Covid-19.

“Sempre fui atleta, mas agora fiquei muito debilitado. Agradeço a Deus por ter orientado a Vera (esposa), que me acompanhou até aqui. Vou me recuperar e já sei que a recuperação será lenta”, finaliza.

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