
Braga discute com Omar (foto), na mesa da CPI da Pandemia, porque queria que o colega da bancada amazonense fosse mais duro
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) foi à mesa da CPI da Pandemia, nesta quarta (19/05), cobrar mais dureza contra o general Eduardo Pazuello. O ex-ministro da Saúde de Bolsonaro prestou depoimento à CPI. Um vídeo mostra Braga abordando Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, fazendo as cobranças.
Braga fez acusações ao governador do Amazonas, Wilson Lima, ao prefeito de Manaus, David Almeida, e ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Ele se referia à crise provocada pela pandemia de Covid-19, no Amazonas.
Veja o vídeo da discussão, que circulou nas redes sociais:
O depoimento de Pauzello
Pazuello, em síntese, foi o único dos ex-ministros de Bolsonaro a dizer que não se sentiu constrangido no cargo pelo presidente. Os senadores o questionaram sobre a indicação de cloroquina contra o coronavírus, crise de oxigênio no Amazonas e compra de vacinas. Ele deu respostas evasivas, mas, no conjunto, não se saiu mal diante do aperto no interrogatório.
No final do depoimento, na sala do cafezinho do Senado, o general passou mal. O senador Otto Alencar (PSD-BA), que é médico, foi quem o atendeu. Afirmou que o ex-ministro teve uma “síncope vasovagal”, por ter ficado muito tempo em pé. A síncope ocorre quando a pressão sanguínea e os batimentos cardíacos aceleram e ficam sem controle do sistema nervoso. O corpo “desliga” para se recuperar.
Omar Aziz interrompeu o depoimento e, apesar de o médico dizer que seria possível continuar, marcou a retomada para amanhã (19/05).
Costura para aliança política
Braga ainda tem quase seis anos de mandato como senador e pretende disputar o Governo do Amazonas, ano que vem. Omar busca viabilizar a própria reeleição. Os dois sonham com uma aliança que envolve o ex-presidente Lula, candidato a presidente da República.
Lula, Braga e Omar caminharam juntos, em 2010. Lula era presidente e elegeu Dilma Rousseff como sucessora. Omar virou governador do Amazonas e Braga, então governador, ganhou a cadeira no Senado Federal, renovada em 2018.
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