Arrematador da sede do Rio Negro é cidadão do AM. Ele salvou a Fundação Machline. Digitron emite nota sobre leilão

Arrematador da sede do Rio Negro

Arrematador da sede do Rio Negro, Song (foto) é apaixonado pela Fundação Mathias Machline, uma das maiores escolas do Norte brasileiro

O empresário Sung Un Song, que arrematou em leilão a sede do Rio Negro Atlético Clube, é sul-coreano, naturalizado brasileiro e se tornou cidadão do Amazonas em 2018. Ele dirige uma das maiores empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM), a Digitron da Amazônia, única do mundo licenciada para fabricar placas-mãe da Intel, gigante da informática. Em 2015, num dos maiores gestos de desprendimento já visto no Estado, salvou a Fundação Mathias Machline do fechamento. Hoje, a escola é uma das mais consagradas do Norte brasileiro. Há até cursinho preparatório para admissão na instituição.

“Sabemos da importância desse prédio para a história de Manaus e sociedade manauara, o quanto é representativo e que marcou história. Nesse momento, vamos concluir a parte burocrática do processo e, futuramente, pensar, com muito carinho, qual destinação para o prédio”, disse Sung, em nota transmitida pela assessoria, sobre o leilão da sede da Praça da Saudade. O local é um dos mais tradicionais do Amazonas.

Formado em Engenharia Eletrônica pela Escola Politécnica da USP, em São Paulo, Song fundou a Digitron, em 1986, na garagem de casa. A revista Época escreveu uma matéria intitulada “Da garagem de casa aos R$ 500 milhões por ano” (clique para ver). Foi o mesmo ano em que viu nascer a Fundação Mathias Machline. Acompanhou também o período em que foram mantenedores a Microsoft e a Nokia. Até 2015, quando a Nokia decidiu que não tocaria mais o projeto e ele resolveu abraçá-lo.

Foi por essas e outras que, em 2018, a Assembleia Legislativa lhe concedeu o título de Cidadão do Amazonas, por iniciativa da deputada Alessandra Campêlo.

Sung, conforme a nota da Digitron, ainda decidirá como utilizar o prédio comprado, diante do tombamento municipal, ocorrido em 2013. A legislação obriga à manutenção das instalações e o uso apenas para clube de futebol. O terreno da sede foi doado pela Prefeitura de Manaus.

 

Benemérito

A Digitron, sob o comando de Sung Un Song, bancou 100% dos custos da Fundação Mathias Machline, de 2015 a 2018. A escola tinha cerca de 1 mil alunos. Desde 2019, numa demonstração de prestígio junto às indústrias do PIM, ele criou amplo arco de parcerias. Os parceiros bancaram 55% dos custos do projeto e a Digitron os outros 45%. Tudo para que a fundação não precise cobrar nada dos alunos.

“Nossa meta é que os parceiros cubram 80% dos custos. É a melhor forma de dar sustentabilidade à escola. Ninguém ganha nada para si e sim para a sociedade. O investimento é puramente filantrópico”, disse Sung.

São Paulo, onde o empresário cresceu, recebeu a primeira leva oficial de coreanos em 1963. Mas havia outros, que tinham chegado, anteriormente, via Japão. Hoje eles estão perfeitamente integrados e espalhados pelas cidades paulistas.

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1 comentário

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  1. Ernandes Verissimo disse:

    Eu me chamo Ernandes Verissimo e fiquei feliz em.. saber que esse empresário conceituado na cidade de Manaus, acabou arrematar esse prédio histórico e tenho certeza que ele vai voltar com o esporte do glorioso atlético Rio negro e que os funcionários não fiquem desamparados.