Usina de oxigênio para Parintins é transportada em operação de guerra

Usina de oxigênio para Parintins

Usina de oxigênio para Parintins sendo retirada de depósito, em Guarulho, e depois embarcada em avião, a caminho da Ilha

A Prefeitura de Parintins está realizando operação de guerra para transportar à cidade uma usina de oxigênio importada da Alemanha. Ela tem capacidade de produção suficiente para atender os 90 leitos hoje ocupados no hospital Jofre Cohen, na Ilha Tupinambarana.

Para conseguir comprar e fazer a usina ser embarcada, na noite desta sexta-feira (15/01), em São Paulo, o prefeito Bi Garcia teve que escapar de todo tipo de armadilha. Com a nova onda da pandemia de Covid-19 se espalhando pelo País, prefeitos e governadores tentaram comprar a usina, quando ela já estava a caminho.

Até o momento do embarque, a operação manteve detalhes no máximo de sigilo, para evitar essa concorrência.

 

Outra frente

Usina de oxigênio para Parintins

Cilindros de oxigênio sendo embarcados em avião, em Manaus, para evitar o desabastecimento de Parintins

Parintins chegou a ter apenas 15 horas de oxigênio no Jofre Cohen. Houve uma mobilização na cidade, envolvendo empresários e até os bumbás Caprichoso e Garantido. Mesmo assim, a situação ficou crítica e o prefeito resolveu agir em outras frentes.

Bi Garcia conseguiu, em Manaus, cargas de oxigênio que chegaram ontem à cidade. Depois, esta noite, obteve outros cilindros com o produto e fretou um avião para o transporte. “É uma operação de guerra mesmo. Mas não vamos sossegar, enquanto não conseguirmos oferecer essa ajuda a quem está internado e precisando”, disse.

A crise de falta do oxigênio hospitalar em Manaus, que teve repercussão internacional, obrigou os prefeitos do interior a se mobilizarem. Esta noite, o Ministério Público do Amazonas (MPAM) moveu ação para garantir o abastecimento do produto em Manacapuru, outro Município duramente afetado pela pandemia.

O Governo Federal criou, no Ministério da Saúde, uma Força Tarefa Amazonas, para tentar superar a crise. Decidiu oferecer suporte para evitar que 60 crianças recém-nascidas (neonatais) fossem transferidas de Manaus para outros Estados.

O Supremo Tribunal Federal (STF) deu 48 horas de prazo para que o presidente Jair Bolsonaro apresente plano consistente de solução da crise.

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