O Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas (ONU) conquistou o Prêmio Nobel da Paz nesta sexta-feira (9) por seus esforços para combater a fome e melhorar as condições para a paz em áreas atingidas por conflitos.
A entidade, sediada em Roma, afirma que ajuda 97 milhões de pessoas em cerca de 88 países todos os anos, e que uma em cada nove pessoas no mundo ainda não tem o suficiente para comer.
Programa Mundial
“A necessidade de solidariedade internacional e cooperação multilateral é mais notável do que nunca”, disse a presidente do Comitê Norueguês do Nobel, Berit Reiss-Andersen, em entrevista coletiva.
O reconhecimento ao programa destaca seu trabalho “para impedir o uso da fome como arma de guerras e conflitos”. O júri salientou que a erradicação da fome é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Em 2019, havia 135 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar aguda, “o número mais alto em muitos anos”.
A pandemia da covid-19 contribuiu para o “drástico recrudescimento” no número de vítimas da fome, segundo o Comitê, que reconhece a “impressionante capacidade” do programa em manter sua atividade também durante a emergência sanitária. “O mundo corre o risco de sofrer uma crise de fome de proporções inconcebíveis se o Programa Mundial de Alimentos e outras organizações de assistência alimentar não receberem o apoio econômico do qual necessitam”, afirmou o comitê.
Inventor
O prestigioso prêmio da Paz, como os demais Prêmios Nobel, é entregue anualmente em 10 de dezembro, aniversário da morte do criador dessas honrarias, o inventor Alfred Nobel. O formato será diferente do de outros anos, por razões sanitárias.
Os organizadores decidiram transferir a cerimônia de entrega da Prefeitura de Oslo, que a acolhe desde 1990, para o salão nobre da Universidade, um recinto menor, mas que já foi cenário desse ato entre 1947 e 1989. O prêmio é de 10 milhões de coroas suecas, ou cerca de US$ 1,1 milhão.
Da Redação
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