Terceiro leilão do Tropical Hotel deve ocorrer em novembro, por decisão de juiz carioca

Terceiro leilão do Tropical Hotel

Terceiro leilão do Tropical Hotel, um local de fausto agora em ruínas, deverá ocorrer até novembro. Foto: Divulgação

O juiz Paulo Assed Estefan, da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, deve determinar nos próximos dias o terceiro leilão do Tropical Hotel. “O leiloeiro apresenta os dados até o fim da semana e o juiz determina a data do leilão. Tem um prazo de 30 dias para o edital e acredito que o leilão ocorrerá fim de outubro. Ou início de novembro”, disse Pedro Santos, o advogado da massa falida, ao portal.

Abandonado, em escombros, o prédio, que antes foi o principal hotel do Amazonas, não motivou o pagamento pelos vencedores dos dois primeiros leilões. Ocupando um dos mais belos espaços da praia da Ponta Negra, o local é um símbolo da decadência. O setor já perdeu o Ariaú Jungle Tower, hotel de selva, também em escombros, por conta de dívidas.

 

Não pagaram

O primeiro leilão, dia 16/12/2019, foi arrematado pela Nyata Soluções, por R$ 120 milhões. O segundo (11/02/2020), com lance vencedor do ex-PM e empresário paulista Otacílio Soares, atingiu R$ 260 milhões. Otacílio não pagou e o direito passou para o segundo colocado, a paraense Geretepaua Engenharia, uma agropecuária que atua em Óbidos (PA). Nenhuma delas pagou o prometido e o leilão voltou à estaca zero.

As dívidas do Tropical vão do INSS a FGTS, mas foi pelo não pagamento da energia elétrica que as portas foram fechadas, em maio de 2019. Foi um golpe empresarial pesado para a sociedade amazonense. Até os animais do zoológico do hotel tiveram que ser distribuídos.

Paulo Estefan, o juiz cujo martelo decide a sorte do hotel, é o mesmo que determinou a falência do empresário Eike Batista. A ideia é que o leilão pague as dívidas e sobre algum dinheiro para os donos da massa falida, a maioria funcionários da extinta Empresa de Viação Aérea Rio-Grandense (Varig).

Sobrarão, para o arrematador, os investimentos para reerguer o hotel. Eles vão da revitalização dos escombros até à solução de problemas como os geradores de energia e o mofo, que inviabiliza metade dos apartamentos nos meses de chuva em Manaus, ou seja, metade do ano. A coluna Panavueiro antecipou que as empresas arrematadoras do leilão, com cheiro de laranja, não teriam condições de pagar o valor prometido.

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