
Músicas de Chico da Silva viajam pelo mundo, enquanto o artista cuida da voz, ganha novo parceiro e cuida da saúde enfatizando guloseimas regionais. Foto: Marcos Santos
Napster Rapsody (Vivo Música), Deezer, Spotify, Youtube (normal, Red, Premium e Music), Apple Music e Google. Os tocadores de música por stream descobriram, definitivamente, a obra do amazonense Chico da Silva.
O Portal do Marcos Santos teve acesso ao Relatório de Royalty da Universal Music Publishing Group, julho-setembro 2019. Trata-se de uma das editoras do cantor e compositor, que está entre as maiores do mercado.
“Boi do Carmo” passeia pela Escandinávia e Países Bálticos, além dos Estados Unidos e, claro, Brasil afora. O mesmo vale para “O amor está no ar”, com forte inserção nos EUA. “Gavião Real”, “Marujada de Guerra” e “São Benedito” estão na lista, numa demonstração da força da toada de Boi Bumbá.
O carro-chefe das músicas de Chico da Silva, porém, continua sendo “Vermelho”. A toada, sucesso com David Assayag e Fafá de Belém, está na Argentina, Uruguai e Paraguai. Bélgica e Luxemburgo, Suíça, Inglaterra, Irlanda, França, Alemanha, Itália, Espanha, Japão, Malásia, Singapura, México, Holanda, Chile, Bolívia, Peru, Noruega, Filipinas e Portugal também estão ouvindo o “vermelho, vermelhaço, vermelhusco, vermelhão”.
“É muito gostoso passear pelo mundo imaginando as pessoas ouvindo algo que você criou. Fico feliz porque a toada vai encontrando espaço próprio”, enfatiza o cantor.
O samba aparece pouco, com “Amor sem preconceito” e “Quero mais”, esta, repetindo parceria de “Sufoco”, com o santareno Antonio José. A explicação é que ele registrou os principais sucessos no samba em outra editora, a Warner Chappell. Nessa outra, também gigante, as músicas de Chico da Silva faz companhia a nomes como Caetano Veloso e Chico Buarque.
“A chegada dos tocadores digitais, que comercializam música por stream, online, está ajudando o autor e cantor a cruzar fronteiras. Mas ainda estou engatinhando nisso e só agora vamos organizar melhor todo o trabalho”, revela Chico.
Em forma
Em forma, aos 75 anos, o artista faz atividades físicas diárias e regra a alimentação. Chico não come carne, uma herança do parceiro de samba e folclorista Venâncio, e se esbalda no peixe, para lembrar da terrinha. “Parintinense não dispensa um peixinho”, sorri.
Chico da Silva comemora, em julho/2020, 11 anos afastado de bebida alcoólica. Praticante do espiritismo, atribui a conquista à força espiritual e ao neto Pedro, o xodó do avô.
O artista fez o Brasil cantar, com uma lista de sucessos, como “É preciso muito amor” e “O pandeiro é meu nome”. Mas sofreu duro golpe, ainda na década de 1980, quando retirou parte da musculatura do pescoço para extirpar um câncer.
Chico, passados todos esses anos, resolveu trabalhar a voz. Pratica exercícios vocais e de respiração, sob orientação da fonaudióloga e professora de canto Raquel Barbosa. Usa uma parafernália de instrumentos que vão ajudando a retirar som dos pequenos detalhes. “Descobri erros de emissão e respiração que me tiravam potência e qualidade. Estou trabalhando para corrigir essas coisas, aos pouquinhos, com muita paciência e perseverança”, garante.
Na nova parceria com o Caprichoso, que levou para o bumbá “O amor está no ar”, pretende fazer alguns shows, no curral Zeca Xibelão. “Quero apresentar as minhas toadas no bumbá, que foram sucesso. Será uma forma de homenagear meu amigo Arlindo Jr., cujo falecimento me doeu muito”, conta.
Os shows, no entanto, só ocorrerão bem mais perto do Festival 2020.
O que está sendo tocada, por enquanto, é a parceria com o letrista Tadeu Garcia, um dos expoentes do Garantido. Os dois estão empenhados em produzir samba e pelo menos três estão praticamente prontos. “Vai rolar show de samba, lá pelo segundo semestre”, revela. O arsenal das músicas de Chico da Silva continua a crescer.
Vem surpresa boa por aí.
Veja, em vídeo, um passeio pela lista de royalty do artista:
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