Preso pela quinta vez, Garotinho diz que é vítima de perseguição

Garotinho

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho disse hoje (30) que é vítima de perseguição e afirmou que a nova ordem de prisão contra ele é desprovida de qualquer fundamento. Garotinho e a ex-governadora Rosinha Matheus foram presos nesta manhã em casa, na zona sul do Rio, depois de a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro ter derrubado ontem (29) a liminar que lhes concedeu habeas corpus em setembro.

Já detidos, Garotinho e Rosinha falaram com a imprensa na sede da Cidade da Polícia, na zona norte do Rio. “Eu preciso saber quando essa perseguição vai terminar”, disse. “Essa decisão tomada ontem é completamente desprovida de qualquer fundamento”. Esta é a quinta prisão de Garotinho.

Garotinho questionou a prisão preventiva, que, segundo ele, tem por base uma suposta ameaça a uma testemunha, o que ele nega ter feito. “Não tem como a população não perceber que isso é uma vingança pelas denúncias todas que eu fiz ao Ministério Público”.

Os dois ex-governadores já haviam sido presos no início de setembro, por determinação da 2ª Vara Criminal da Comarca de Campos dos Goytacazes, mas foram soltos no dia seguinte, por um habeas corpus concedido pelo desembargador Siro Darlan, durante plantão judiciário.

Fraude

Garotinho e Rosinha são acusados de fraudes em contratos celebrados entre a prefeitura de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, e a construtora Odebrecht para a construção de casas populares, durante os dois mandatos de Rosinha como prefeita da cidade, entre 2009 e 2016.

Em nota divulgada ontem (29), o advogado de defesa do casal, Vanildo da Costa Júnior, informou que vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra a decisão da 2ª Câmara Criminal.

Confira quais foram as prisões de Garotinho:

Operação Chequinho – A primeira prisão foi em 16 de novembro de 2016, em uma investigação de um esquema de compra de votos envolvendo o programa social Cheque Cidadão na eleição municipal daquele ano.

Fraude eleitoral – A segunda prisão de Garotinho foi em 13 de setembro de 2017. O MP afirmou que, em troca de votos em candidatos a prefeito e vereadores em 2016, a Prefeitura de Campos oferecia inscrições no Cheque Cidadão, que dava R$ 200 por mês a cada beneficiário. Garotinho era secretário de Governo da mulher.

Contrato fantasma – A terceira prisão foi em novembro de 2017, junto com Rosinha. Segundo delação de Ricardo Saud, da JBS, foi firmado um contrato de R$ 3 milhões para serviços de informática que jamais foram prestados – a suspeita é de repasse irregular de valores para a utilização nas campanhas eleitorais.

Operação Secretus Domus – Em setembro deste ano, foi a quarta prisão do ex-governador Garotinho. Ele, a mulher e outras três pessoas foram alvo da ação, que investigava um esquema fraudulento de construção de moradias populares.

 

Com informações da Agência Brasil

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