Uma semana após anúncio da Petrobras, preço da gasolina segue sem previsão de redução

Foto: Marcelo Casal jr/Agência Brasil

Mais de uma semana após a Petrobras anunciar a redução de 7,16% no preço da gasolina nas refinarias, o combustível segue no mesmo valor em Manaus e sem previsão de queda. Segundo o vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Lubrificantes, Alcoois, e Gás Natural do Estado do Amazonas (Sindicombustíveis-AM), Geraldo Dantas, as distribuidoras da capital ainda não baixaram o preço.

No último dia 31 de maio, a Petrobras anunciou que o valor médio do litro da gasolina cairia para R$ 1,8144, redução de 7,16% a contar de 1º de junho. Na semana anterior, o valor já havia caído 4,4% nas refinarias. 

Mesmo com as reduções nas refinarias, o preço continua alto em Manaus. No dia 30 de maio, houve novo aumento nos postos de combustíveis, com o valor do litro da gasolina subindo de R$ 3,99 para R$ 4,59.

De acordo com o vice-presidente do Sindicombustíveis-AM, ainda não há previsão de redução no preço da gasolina em Manaus. “Os preços não foram reduzidos pela distribuidora”, argumenta Dantas.

Cadeia 

Após a redução nas refinarias, a primeira a mexer nos preços deveria ser a distribuidora, explica o secretário Municipal de Defesa do Consumidor e Ouvidoria (Semdec, antigo Procon Manaus), Rodrigo Guedes. “Certamente o estoque que elas tinham, anterior à redução do preço, já deve ter sido vendido para os postos. Ou seja, ela (distribuidora) já está com certeza absoluta comprando a preço mais baixo da refinaria”, afirma Guedes, citando o alto volume de combustíveis vendido na capital.

Para o secretário, não há mais justificativa que chancele qualquer manutenção do preço mais alto. “Na visão da Semdec, do Procon Manaus e da Prefeitura de Manaus, há uma abusividade. Um dia, dois dias ainda poderia haver a justificativa de ter estoque, mas uma semana não tem mais justificativa”, avalia Guedes. 

Ação coordenada

O secretário informou que se reúne nesta segunda-feira (10) com a Força-Tarefa que investiga os preços de combustíveis em Manaus. Para o titular da Semdec, há uma ação coordenada na definição dos valores. “Todos os postos aumentaram simultaneamente no mesmo preço, mesmo comprando a preços diferentes, mesmo tendo tantas variáveis que possam fazer o preço ser diferente”, analisa.

Medidas

As cinco distribuidoras que atuam em Manaus já foram notificadas pelo Procon Manaus e pelo Procon Amazonas, por não repassarem aos postos as reduções anunciadas pela Petrobras. Agora, as entidades buscam ações criminais. 

“Aguardamos até hoje [a redução]. Se os postos não diminuírem, se as distribuidoras não diminuírem, nós não descartamos ir à Justiça contra a cadeia de distribuição e comercialização, inclusive, solicitando penalização das pessoas responsáveis”, disse Rodrigo Guedes. 

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1 comentário

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  1. Eduardo Augusto Martins disse:

    Cadeia neles, desde os donos das distribuidoras até os donos de postos. Esse absurdo só vai parar quando chegarem a prender os lideres do cartel