Para pagar traficante, jovem é preso por vender falsas vagas de emprego em Rio Preto da Eva

Mateus estava vendendo vagas de emprego a R$ 10, se passando por funcionário de empresa de energia. Foto: Divulgação

Mateus José Alves de Souza, 21, foi preso em flagrante por policiais civis da 36ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), situada em Rio Preto da Eva, sob o comando do delegado Jony Leão, após ser denunciado por enganar populares com a promessa de vagas de emprego, se passando por funcionário de uma empresa de energia que atua no local.

Mateus foi preso em um hotel naquele município (distante 57 quilômetros de Manaus), no momento em que cobrava R$ 10 às pessoas que o aguardavam na expectativa de obterem um emprego.

Dívida do tráfico

Conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos, o infrator argumentou que havia adquirido uma dívida no valor de R$ 1,6 mil com um traficante daquela região e, temendo pela própria vida, decidiu aplicar o golpe no local.

“O traficante orientou Mateus sobre o que ele deveria fazer para levantar o dinheiro devido. Então, Mateus foi até uma rádio da cidade para fazer propaganda sobre a falsa contratação de pessoas para uma empresa de energia. No hotel onde estava aplicando o golpe, o infrator não possuía qualquer tipo de identificação da empresa, como um crachá, e cobrava R$ 10 por pessoa. Quando foi preso, ele já havia levantado R$ 290 e repassado ao traficante R$ 180”, explicou Leão.

Tortura

O infrator alegou que se propôs a praticar o golpe porque não queria comercializar drogas, pois já havia sido torturado para que aceitasse vender substâncias ilícitas na cidade e teria recusado.

Mateus foi autuado em flagrante por estelionato. Ao término dos procedimentos cabíveis, o infrator irá permanecer custodiado na carceragem da 36ª DIP, à disposição da Justiça.

Esclarecimento

O titular da unidade policial faz um alerta para que a população não caia nesse tipo de golpe. “Quando uma empresa abre uma seleção para qualquer vaga de emprego, não pode cobrar por isso. Desconfie de promessas de trabalho ou de benefício em que seja necessário fazer algum tipo de pagamento antecipado”, advertiu.

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