Amazonino não paga e advogados renunciam a processo que tenta cassar Wilson Lima. Eles cassaram Melo. Veja o documento

Amazonino não paga e advogados renunciam

Amazonino não paga e advogados renunciam ao processo em que ele tentava cassar o governador Wilson Lima. Daniel Nogueira (esquerda) e Marco Aurélio Choy (direita) foram os advogados que cassaram José Melo

O processo por compra de votos, envolvendo Mário Paulain, ex-prefeito de Nhamundá, teve desdobramento inesperado nesta segunda (14/01). Os advogados do escritório Nogueira & Associados, autores da ação pela coligação “Eu voto no Amazonas”, renunciaram à causa.

A razão está explícita nos documentos enviados aos dirigentes da coligação e ao ex-governador Amazonino Mendes: “…em função do inadimplemento dos honorários devidos aos mesmos”. Ou seja, Amazonino deu calote nos advogados.

Os advogados são Daniel Fábio Jacob Nogueira, Marco Aurélio de Lima Choy, Ney Bastos Soares Júnior e Marcos dos Santos Carmo Filho. Foram eles os responsáveis, a pedido do senador Eduardo Braga (MDB), pelo processo que cassou o governador José Melo.

 

O caso

Mário Paulain foi flagrado, por policiais federais e o promotor de Justiça Wesley Machado, com santinhos e dinheiro em Nhamundá. O material estava armazenado numa sala do escritório político do ex-prefeito. “Tudo estava organizado para distribuição e os funcionários tentaram manter fechada a sala onde esse material estava “, disse uma fonte. Os santinhos eram de Wilson Lima.

Provas ainda mais robustas, segundo a fonte, foram encontradas no celular de Mário Paulain, apreendido na ocasião. O aparelho está sob perícia, juntado à investigação.

Amazonino chamou o escritório, um dos inúmeros que trabalharam na campanha dele, para promover a ação de cassação.

A falta de pagamento, nem a renúncia do escritório não interrompem o processo. Os próprios advogados, cumprindo norma do Processo Civil, avisam que permanecerão respondendo por mais 10 dias. Esse é o prazo para que novos advogados sejam nomeados para substituí-los.

 

Renúncia

Amazonino, segundo pessoas próximas, não teria interesse em manter o processo contra Wilson Lima. A minirreforma política, que entrou em vigor na eleição deste ano, prevê novo pleito em qualquer cassação. Antes, o segundo colocado é que assumiria o cargo, caso a cassação ocorresse nos dois primeiros anos de mandato.

O ex-governador avalia que, mesmo se houver novo pleito, as chances dele de voltar ao comando do Governo do Amazonas são mínimas. O pijama, retirado praticamente à força pelo senador Omar Aziz, em 2017, na eleição suplementar, agora foi vestido em definitivo.

 

Isolamento

Amazonino, segundo fonte do Portal do Marcos Santos, se isolou, após passar a faixa para Wilson. Ele estaria dedicando tempo integral ao seu novo xodó, um sítio na estrada de Balbina. O problema é que esse sítio está sendo denunciado por crime ambiental.

Um advogado que mora em Balbina, Mithan Vasconcelos Corrêa, passou em frente e viu o terreno desmatado. A madeira, serrada do local, estava pronta para a comercialização. Ele foi até Presidente Figueiredo e oficializou denúncia por crime ambiental. Até agora não há informação sobre o andamento da investigação.

CLIQUE AQUI PARA VER A ÍNTEGRA DA RENÚNCIA DOS ADVOGADOS

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