Arthur Virgílio ataca Amazonino, vai de Wilson Lima, vota nulo para presidente e articula novo partido. Ouça áudios

O prefeito Arthur Virgílio Neto atacou duramente Amazonino em discurso na inauguração da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Vila Nova, na Zona Norte. Foto: Alex Pazuello/Semcom

“Não voto no Amazonino, nem voto nulo para governador” (risos). Foi desta forma que o prefeito Arthur Virgílio definiu, nesta terça (16/10), voto em Wilson Lima neste 2º Turno. “Para presidente acertei com minha filha Carol que vamos votar nulo. Embora a eleição esteja decidida”, acrescentou.

“Quase sem tempo na televisão, esse moço Wilson Lima é, virtualmente, o novo governador do Amazonas”, disparou o prefeito.

O prefeito atacou duramente Amazonino. Foi durante discurso na inauguração da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Vila Nova, na Zona Norte. “Ele estabeleceu como meta, para cobertura de esgotamento sanitário em Manaus, 80% para 2045. Talvez ele vá viver eternamente e chegue até lá. Eu não sei se chegarei, mas reduzi essa meta em 15 anos, para 2030”, atacou.

Em seguida, falando para estudantes e o Portal do Marcos Santos, foi mais duro ainda. “Odiar é um verbo transitivo direto. Exige objeto direto, que é a pessoa ou coisa odiada – “eu odeio fulano”. O Amazonino consegue odiar de forma intransitiva, indistinta. Ele odeia todo mundo. Vai ficar com ódio da população do Amazonas, com aquele ovo na boca, achando que ‘aquele talento’ não foi premiado. É um ódio inexplicável”, disparou.

 

Novo partido com general e Tasso

O “presidente desastrado” Geraldo Alckmin destruiu o PSDB e Arthur Virgílio articula novo partido. “Recebi um telefonema do general Theophilo (Gaspar de Oliveira, ex-comandante Militar da Amazônia). Ele foi candidato derrotado ao Governo do Ceará e me disse que está conversando para articular novo partido. Junto com o Tasso (Jereissati)”, revelou.

“O PSDB se esfacelou, lamentavelmente. Temos vários partidos de Centro dando certo pelo mundo. Temos a social democracia italiana, como Sinistra, mas sobrevivendo. Temos os partidos ingleses, os Trabalhistas (Labors), os Toris, Conservadores. Tem muita coisa para servir de modelo”, explicou.

“Eu avisei que o Alckmin não chegaria a dois dígitos. A imprensa lá fora está me chamando de profeta. Eu disse que não ia para o 2º Turno. Quando disseram, gente tarimbada da política, que com maior tempo na TV e as alianças ele ia ganhar, eu disse que não ia”, analisa.

 

Segundo voto nulo para presidente

“Eu só votei nulo em 1978. Eu era muito jovem. Peguei um violão, rasguei uma bermuda e uma camisa e fui votar. Cheguei lá não me queriam deixar entrar por causa do violão. Eu disse ‘por que essa discriminação? Eu quero me expressar. Eu vivo da minha música. Vão querer definir até os meus gostos?’ Depois vieram discutir minha roupa, mas, no final, alguém chegou e decidiu deixar o maluco votar. E eu votei nulo”, revela o prefeito.

Arthur Virgílio conta também que acertou com a filha mais jovem, Carol, que vai votar nulo para presidente. Ele deu a entender que os dois votariam em candidatos diferentes e decidiram, ambos, anular os votos.

 

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