Susam critica Assembleia por antecipar para 2019 reajuste que Amazonino prometeu para mandato que termina este ano

Francisco Deodato criticou mudanças feitas pela Assembleia Legislativa

O secretário Francisco Deodato criticou a mudança feita pela Assembleia Legislativa no prazo para pagamento do reajuste, que agora termina em 2019 e não em 2020. Foto: Arquivo

Após a Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) aprovar o Projeto de Lei nº 74/2018, que concede reajuste salarial para os servidores da saúde estadual, a Secretaria de Estado de Saúde (Susam) lamentou que a proposta tenha sido alterada na Casa Legislativa, em votação nesta terça-feira (08).  O Projeto de Lei (PL) aprovado na ALE, na visão da Susam, desqualifica o propósito com o qual a Mesa Estadual de Negociação Permanente do SUS foi criada, como um fórum permanente de negociação entre empregadores e trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS).

O PL aprovado na ALE-AM mantém o que foi acordado na Mesa de Negociação para 2018, com 10,85% de reposição salarial, correspondendo a 2,68% da data-base deste ano e mais 8,17% da data-base de 2015, ano a partir do qual os governos passados deixaram de conceder reajuste salarial aos trabalhadores do setor. Entretanto, altera a proposta aprovada para 2019 e 2020, na Mesa de Negociação, ao incluir a emenda do deputado Abdala Fraxe (Podemos), antecipando o pagamento de 4,08% de 2020 para 2019. A Susam considera que houve um processo de negociação e de consenso entre trabalhadores e governo, que deveria ter sido respeitado.

O secretário estadual de Saúde, Francisco Deodato, explica que o governador Amazonino Mendes, ao assumir o mandato, comprometeu-se em retomar os direitos que haviam sido suprimidos dos trabalhadores da saúde, que estavam sem reajuste salarial há quatro anos. Os que recebiam auxílio alimentação deixaram de contar com o benefício em 2016, data em que foi suspenso, e não estava sendo executado o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração. Amazonino assumiu um mandato-tampão que termina em 2018.

Conforme prometido, disse ele, a Susam está cumprindo com a data-base dos servidores da saúde. Para tanto, reinstalou a Mesa Estadual de Negociação Permanente do SUS, que não se reunia desde 2015, e por meio da qual as discussões ocorreram, reunindo representantes dos trabalhadores e do Governo.

No dia 12 de abril, por consenso, foi fechada a proposta encaminhada à ALE-AM, aprovada integralmente no que foi acordado para 2018, alterando, entretanto, a parte pactuada para 2019.

Além da reposição salarial, o Governo do Amazonas, que já havia retomado o pagamento do auxílio alimentação em R$ 220, estendendo a todos os servidores, da capital e do interior, está aumentando o benefício para R$ 420, em contracheque, a partir de junho deste ano. A Susam também está retomando o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração.

Veja também
3 comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Pedro Brito disse:

    Não sei porque a Susam reclama se a ALEAM antecipou a soma de percentuais ínfimos que queriam pagar em 2020. Antecipou para 2019 e qual o problema? Não votaram o orçamento de 2019. Quando a Susam enviou ao Dirigir Libanês seus amigos ricos não precisou de negociação conosco nem orçamento. Ainda estão faltando as progressões do PCCR, que é Lei e que o não cumprimento aumentam nossas perdas.

  2. Agora o Secretário valoriza a Mesa, que tanto enrolou e foi tão insensível aos nossos direitos, atrasando as negociações e empurrando para 2020 um pequeno reajuste, num mandato que termina ao final desse ano de 2018. A Susam não consultou orçamentos, nem autorização quando custeou tratamento de seus amigos ricos no Hospital Sírio Libanês. Porque isso agora cara pálida?

    1. Saulo Marcio da Rocha Moreira disse:

      São todos farinha do mesmo saco, pois eles se beneficiam do dinheiro público para custearem suas mordomias. Ta ai o reflexo desses corruptos, as unidades de saúde sem medicamentos. tem que ser todos presos e tomarem tudo o que eles conquistaram com o dinheiro do trabalhador.