Equipes do Departamento de Combate ao Crime Organizado do Amazonas (DRCO) e da Secretaria Executiva Adjunta de Operações (Seaop), ligada à Secretaria de Segurança Pública (SSP), estão escoltando para Manaus, nesta terça-feira (8), o primo do narcotraficante e um dos fundadores da Família do Norte (FDN), Zé Roberto da Compensa, o foragido José Arimatéia Façanha do Nascimento, o “Ari”.
Ação integrada
A previsão é que ele desembarque em Manaus às 16h. “Ari” foi preso na última sexta-feira (4), na fronteira do Amazonas com Roraima, numa ação integrada de policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e agentes da Divisão de Inteligência e Captura (Dicap) de Roraima, da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc).
O foragido estava vivendo numa vila com a mulher e filhos e o paradeiro dele foi descoberto por meio de investigações entre as policias.
Inteligência
A prisão de “Ari” é resultado de trabalho em conjunto das inteligências do Estado de Roraima com a equipe do Departamento de Combate ao Crime Organizado do Amazonas (DRCO). José Arimatéia é condenado a mais de 45 anos de prisão por roubo, latrocínio e homicídio.
“Ari” foi preso na comunidade ribeirinha conhecida como Itaquera, na divida entre Roraima e Amazonas, onde estava escondido. O local é de difícil acesso, ficando distante quatro dias de barco de Roraima.
Ele é foragido do sistema penitenciário amazonense desde o primeiro dia de janeiro de 2017, quando ocorreu uma fuga em massa, durante a chacina de 56 presos. Ao todo, fugiram 119 detentos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj).
Esconderijo
As equipes viajaram desde o dia 1o de maio para o município de Caracarai, de onde seguiram de barco até Itaquera, em Roraima. A missão durou sete dias, até a chegada do criminoso em Boa Vista.
Conforme a investigação, o preso é acusado de liderar a chacina do Compaj, difundindo a ordem do primo Zé Roberto para iniciar o massacre. Durante a rebelião, segundo relatos, trocou tiros com policiais e foi flagrado pelo circuito de vigilância com uma espingarda calibre 12.
Prisão e processos
Contra ele existem dois mandados de prisão em aberto. A operação para sua prisão contou ainda com apoio do Batalhão da PM de Novo Airão, de onde foi montado o plano estratégico para a captura do foragido, que responde ainda a 14 processos na Justiça.
Conforme a polícia, José Arimatéia se escondia numa região estratégica para o tráfico, por onde a droga escoa da Colômbia, passando por São Gabriel da Cachoeira, Barcelos e chegando até o rio Negro com o rio Branco. O destino final seria a vila de Itaquera.
Pela localização geográfica, “Ari” estaria controlando uma rota internacional. Apontado como um braço direita da facção criminosa, sua prisão é um baque para a FDN.
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