O Grupo de Atuação Especial Regional para Prevenção e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) fez novas descobertas sobre Waldívia Alencar. Ela comprava imóveis em Manaus, em nome de parentes, entretanto, fazia procurações em cartórios no interior de Santa Catarina (SC). A ex-secretária estadual de Infraestrutura foi presa na operação Concreto Armado. É, assim, acusada de ser proprietária de 40 imóveis e desviar cerca de R$ 40 milhões.
Os promotores e demais funcionários do Gaeco, no entanto, consideram o esquema montado por Waldívia “inteligente”. “Ela achou que não acharíamos essas procurações, feitas em lugares tão distantes”, disse um dos promotores. Por esse instrumento ela garante a propriedade dos imóveis para transferência futura.
A saída, assim, foi buscar ajuda no Gaeco do Ministério Público catarinense. “Eles vasculharam os cartórios do Estado inteiro e encontraram provas valiosas”, acrescentou a fonte.
Palhoça e Lagoa da Conceição
Dois desses apartamentos, encontrados nessa busca, foram registrados na Região Metropolitana de Florianópolis. Um dos cartórios fica em Palhoça (SC), conforme o Gaeco apurou. Outro na região da Lagoa da Conceição, cartão postal da ilha.
“Os imóveis eram adquiridos por terceiros, quase sempre parentes, e ela garantia a propriedade com essas procurações”, acrescenta a fonte. O procedimento “inteligente” atende aos pré-requisitos para enquadrar a ex-secretária em lavagem de dinheiro.
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