Indústria amazonense reage e é destaque nacional de crescimento. ‘Emprego não volta’, diz empresário

Apesar de ter registrado queda entre janeiro e fevereiro deste ano, Amazonas teve acumulado na produção industrial de 24,5% em 2018. Foto: Arquivo

Apesar de ter registrado queda na produção industrial entre os meses de janeiro e fevereiro, da ordem de -5,9%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Amazonas é destaque no cenário nacional na comparação com fevereiro do ano passado, quando a indústria cresceu em nove locais, com destaque para o Estado: 16,2%

No acumulado de 2018, dez locais tiveram alta na produção industrial. Mais uma vez, o Amazonas teve o maior crescimento (24,5%). Cinco localidades anotaram desaceleração, com destaque para Espírito Santo (-7,8%).

Acumulado

Já no acumulado de 12 meses, avanços foram observados em 12 locais. O Pará teve a maior alta nesse tipo de comparação (9,9%). Dois locais caíram: Pernambuco (-1,8%) e Espírito Santo (-0,4%). A produção da Região Nordeste manteve-se estável.

Entre 2015 a 2017, o Polo Industrial de Manaus (PIM) perdeu mais de 24 mil empregos no total. De acordo com os Indicadores Industriais da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), as empresas atuavam com 107,9 mil trabalhadores em maio de 2015, número que caiu para 84 mil em janeiro de 2017.

Mais de 100 mil

E em maio de 2015 foi a última vez que o PIM apresentou número de trabalhadores superior a 100 mil diretos – considerando efetivos, temporários e terceirizados. A marca histórica de 100 mil empregos diretos foi atingida em 2005 e se manteve por dez anos.

Para o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) e empresário, Wilson Périco, os índices de emprego não devem voltam ao patamar de uma década porque muitas empresas saíram de Manaus e outras mecanizaram mais suas produções.

“Difícil dizer se teremos aumento; se acontecer será no final do ano. E lembro que teremos eleições e isso sempre é um momento de incerteza”.

Em queda

Oito dos 15 locais pesquisados pelo IBGE no país tiveram queda na produção industrial de janeiro para fevereiro deste ano.

Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgada nesta quarta-feira (11), no Rio de Janeiro, os maiores recuos foram observados no Pará (-10,9%), Amazonas (-5,9%) e Mato Grosso (-4,4%).

Em queda

Também houve queda na produção em Minas Gerais (-2,8%); Espírito Santo (-1,1%); Ceará (-0,7%); São Paulo (-0,5%); e Rio Grande do Sul (-0,1%). Goiás manteve o mesmo nível de produção nos dois meses.

Seis locais acusaram alta e mantiveram a produção industrial nacional com resultado positivo de 0,2% de janeiro para fevereiro. Houve avanço nos seguintes locais: Paraná (3,3%); Região Nordeste (2,6%); Pernambuco (1,3%); Rio de Janeiro (1,2%); Santa Catarina (0,9); e Bahia (0,9%).

A produção da Região Nordeste inclui as indústrias dos nove estados, inclusive da Bahia, Pernambuco e Ceará, que também são calculados separadamente.

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