‘Ele foi um catalão que se tornou amazonense. Era meu compadre e quase irmão’, diz Francisco Garcia, sobre Juan Villa

Juan Villa e Francisco Garcia eram muito próximos

Juan Villa, que faleceu na madrugada deste sábado (17/02), integrou com Francisco Garcia turma de Medicina da Ufam que teve reconhecimento do curso só no quarto ano

O empresário e ex-deputado federal Francisco Garcia tomou um susto ao saber da morte do médico Juan Villa. “Há 20 dias ele fez um cateterismo e colocou um estente (stent). Sou padrinho do Alexandre, o filho mais novo dele. Fomos colegas na Faculdade de Medicina. Ele era como um irmão”, disse Garcia.

O ex-deputado lembrou um pouco da história de Juan Villa. “O Juan era catalão, da região de Barcelona, mas se tornou amazonense. O pai dele veio para o Brasil por conta de problemas políticos. Fixou residência em São Paulo. Juan e o irmão, José Villa, que é advogado, imigraram juntos. Eles vieram para Manaus em 1967. Juan casou com a Sandra, filha do reitor da UA (hoje Ufam) Juari Marinho. Tiveram três filhos, Ricardo, Alexandre e Juan Villa, todos formados em Medicina no Rio Grande do Sul”, conta.

Juan e Garcia ficaram muito amigos nos bancos da Faculdade de Medicina da então Universidade do Amazonas. “Já estávamos no quarto ano quando o MEC (Ministério da Educação) reconheceu o curso. Foi uma festa inesquecível. A gente estudava um na casa do outro. Ficamos tão amigos que ele me chamou para ser padrinho do filho mais novo, o Alexandre”, continua.

 

Formado por Zerbini

Juan Villa seguiu carreira como médico, optou pela cardiologia e foi treinado pelo paulista Euryclídes Zerbini, expoente da época. “Ele se tornou amazonense e fez grandes feitos como médico no Estado. Era um destaque na área cardíaca. Basta lembrar que fundou o Prontocord, referência em Manaus. Era também diretor da Unimed e daí surgiu a parceria atual do hospital”, diz Francisco Garcia.

Garcia, amazonense, filho de espanhóis da Galícia, leu a notícia da morte de Juan Villa no Portal do Marcos Santos. Muitos colegas do período da faculdade de Medicina, perto de dez, se foram no ano passado. “A gente sente muito porque era uma turma muito unida. Como colega, amigo e compadre do Juan senti muito. Que Deus ilumine a passagem dele para outro plano. Só nos resta rezar”, concluiu.

Veja também
Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *