Polícia Civil investiga e monta operação para combater pesca ilegal no Lago do Rei, no Careiro da Várzea

No gigante Lago do Rei, polícia monta série de operações para combater pesca ilegal durante a época do defeso. Comunidade pode ter renda de até R$ 1 milhão este ano com pescado. Delegado Guilherme Torres com pescadores. Fotos: Divulgação

O gigantesco Lago do Rei, banhado pelas águas do rio Solimões, é alvo de operações da Polícia Civil para combater a pesca ilegal de peixes dentro do período do defeso.

Equipes de investigadores, sob o comando dos delegados Guilherme Torres e David Jordão, diretor e titular, respectivamente, do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) e da 34ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Careiro da Várzea, fiscalizaram nesta segunda-feira (5) o complexo, formado por 62 outros lagos com enorme potencial pesqueiro no Careiro (distante 25 quilômetros de Manaus).

Alegoria Proibida

De acordo com o diretor do DRCO, a ação fez parte da operação “Alegoria Proibida”, da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), que está intensificando os trabalhos policiais na orla de Manaus, em toda a capital e interior do Estado.

“Fomos acionados após representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) e Secretaria Executiva de Pesca e Aquicultura (Sepa) de Careiro da Várzea receberem delação sobre pesca ilegal e, como estamos realizando operações nos rios, fomos dar suporte à 34ª DIP, no intuito de conscientizar os moradores daquela região sobre o período do defeso”, argumentou.

Conforme Guilherme Torres, do dia 16 a 18 de março será liberada a pesca no Lago do Rei e mais de 500 pescadores poderão sair para pescar durante esses três dias.

Redes de pesca

Quando termina o defeso, espécies como aruanã, matrinxã, sardinha, pirapitinga, pacu e em especial o mapará, voltam a ser fonte de renda da comunidade, que atira suas redes de pesca nas águas do lago.

A expectativa, segundo o diretor do DRCO, é que 300 toneladas de peixes, principalmente Mapará, por ser uma espécie mais abundante nesse período e, também de valor comercial, além de outras espécies protegidas pelo defeso. Com as 300 toneladas, as famílias que vivem da pesca poderão ter um faturamento de até R$ 1 milhão.

Renda

“O intuito da liberação da pesca é render cerca de R$ 1 milhão para a comunidade, superando a pesca do ano de 2017, que gerou lucro de R$ 400 mil com a venda dos peixes. Temos o apoio incondicional do vice-governador e secretário de Segurança Pública do Amazonas, Bosco Saraiva; do delegado-geral da Polícia Civil do Estado, Mariolino Brito, e do diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), delegado Mateus Moreira, no suporte necessário para a missão”, ressaltou Torres.

A operação contou com o efetivo de policiais civis lotados no DRCO, 34ª DIP, além da presença dos secretários Raimundo José Bindá Passos, da Semmas de Careiro da Várzea, e Aldemir Procópio, titular da Sepa daquele município, visando a realização da pesca de forma sustentável e gerando maior qualidade de vida aos moradores do município.

O Lago

O gigantesco Lago do Rei é um dos maiores mananciais piscosos da região, por isso a euforia dos pescadores. Além do mapará e das outras espécies protegidas pelo defeso, o lago é rico em piranhas, jaraquis e diversas outras menos apreciadas para consumo.

Conta a história que o lago tem esse nome porque na época do império a Coroa Portuguesa mandava buscar nele os quelônios, considerados excelentes, para serem consumidos na Corte.

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