Ari Moutinho sugere que devedores da Prefeitura façam encontro de contas, critica SMTU e cobra solução para a lixeira de Manaus

Presidente Ari Moutinho sugeriu que empresas com débitos junto à Prefeitura façam encontro de contas. Foto: Ana Cláudia Jatahy/ TCE-AM

O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Ari Moutinho, sugeriu que empresas como a Manaus Ambiental, Eletrobrás Amazonas Energia e Itautinga, que possuem débitos junto à Prefeitura de Manaus, façam um encontro de contas a fim de sanar as dívidas com o município.

Ari fez ainda um apelo para que a Procuradoria Geral do Município (PGM) intensifique a cobrança dos maiores devedores.

“Vejo que a Prefeitura de Manaus paga luz e água todos os meses, sugiro que fosse feito um encontro dessas contas, a mesma coisa com o cimento”, disse. A fala do conselheiro se deu após a leitura do parecer da conselheira Yara Lins, que recomendou aprovar com ressalva as contas do ano de 2016 do prefeito Arthur Neto (PSDB).

Dívidas

Ao abordar as dívidas que as empresas de ônibus que atuam no sistema de transporte coletivo possuem com a Prefeitura de Manaus, Ari Moutinho fez duras críticas à gestão da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU).

“Não existe a SMTU na cidade de Manaus. Vejo o Detran fazendo o papel que era da SMTU. Causou verdadeiro espanto quando eu li que mais de 40 ônibus foram apreendidos com placas clonadas e sem condição de uso. Dando uma pincelada aqui, vejo que todas as empresas devem a Prefeitura e a municipalidade não está tomando a medida cabível que, ao meu ver, seria até proibir de participar do processo licitatório, pois elas continuam atendendo a população, atendendo não, prestando um desserviço”, destacou Ari.

Lixo

O conselheiro chamou a atenção ainda para os altos valores repassados às empresas Tumpex e Marquise que prestam serviço de coleta de lixo. Ari cobrou a adoção de uma política clara para a questão ambiental da capital, sobretudo no que diz respeito a lixeira de Manaus.

“A lixeira está para explodir e não vemos nenhum posicionamento claro para a remoção daquele verdadeiro trauma, passivo ambiental na porta da cidade de Manaus. É lamentável”, destacou.

Segundo o conselheiro, as duas empresas receberam da Prefeitura de Manaus em 2016, valores que ultrapassam os R$ 209 milhões.

Empresas citadas pelo presidente do TCE-AM e que estão entre as que mais devem a Prefeitura de Manaus, no entanto, apresentaram recurso administrativo.

Lista dos devedores:

Microsoft – R$ 353.297.44,21

Moto Honda da Amazônia – R$ 285.397.348,23

Itautinga – R$ 13,9 milhões

Eletrobrás Amazonas Energia – R$ 13 milhões

Empresas de ônibus

Viação Cidade de Manaus – R$ 31,8 milhões

Viman – R$ 17,7 milhões

União Cascavel  – R$ 20,8 milhões

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