Sinônimo de irmandade e determinação, Amadeu Texeira deixa saudades e legado de união e amor ao esporte amazonense

Jogadores e amigos foram se despedir do técnico mais longevo à frente de um mesmo clube, tendo entrado para o Livro dos Recordes. Foto: PMS

Considerado um dos grandes nomes do esporte amazonense, Amadeu Teixeira Alves, 91, deixou um grande legado de aprendizagem é determinação ao futebol amazonense.

O ex-técnico e um dos fundadores do América Esporte Clube, Amadeu Teixeira foi velado no Ginásio Poliesportivo que voltará a receber o seu nome, em sua homenagem.

Durante o cerimonial fúnebre, amigos, familiares e pessoas ilustres prestaram suas últimas homenagens, e não pouparam adjetivos para classificar a história deixada pelo treinador-lenda.

Última lembranças

Lembrado por todos pela sua garra e a determinação que conduziu o time no futebol amazonense, o pioneiro Amadeu muitas vezes usou a união e irmandade para driblar as faltas de recursos enfrentados para manter a equipe nos campeonatos.

Thales Vercosa, presidente do Rio Negro Clube, disse que se perdeu um dos grandes esportistas do Amazonas e talvez um dos últimos dirigentes que viveram em apenas um clube, que foi o América Futebol, fundado por ele e pelo irmão dele, Artur, e que sustentou até quando pode.

“O esporte amazonense deve se regozijar por ter tido o Amadeu como exemplo. Apesar da partida, estamos alegres porque tivemos ele conosco”.

Amaury Luiz Almeida, ex-goleiro do América, Olímpico, Fast, Nacional, Rio Negro e Rodoviário, definiu Amadeu como paizão. “Fui para o América com 15 anos, e com 17 já fazia parte do profissional. Toda minha vida esportiva agradeço ao Amadeu Teixeira. Ele deixou um legado de irmandade, de solidariedade, amizade, compreensão para o futebol. Para o esporte amazonense deve ser reconhecido muitos anos por isso”.

Trabalho e dedicação

Clovis Alves da Silva Filho, que trabalhou no América durante 22 anos, também tinha o treinador como um segundo pai. “Foi um grande profissional, meu segundo pai. Um homem íntegro, que daqui a 100 anos não vai aparecer um igual. Gostava de tudo direito. Não tinha ganância. Vivia com o América mantendo o time a trancos e barrancos. Nunca baixou cabeça e nunca deixou de trabalhar. Ele foi o que mais fez jogador dentro de Manaus e para a fora”.

Para o jogador e esportivas Djalma Daniel, o treinador foi amado e querido por todos. “Ele ensinou tudo o que sabia. No futebol amazonense fez até o que não podia fazer. Educado, só temos a contar histórias boas para os amazonenses e para jogadores. Ele pregava união e força de vontade”, afirmou.

Pai e guru profissional do ex-esportista Juscelino Maciel, Amadeu Teixeira foi responsável por sua profissionalização. “Ele é um ícone do futebol e sua partida foi uma perda para o esporte. Perdemos uma lenda. A gente fica pensando em todas as lembranças e de como é ser homem de caráter. Ele tinha uma prancheta e dizia com ela tudo o que acontecia no jogo. E falava, ‘Nego velho, vamos jogar futebol'”, contou Maciel.

Texto: David Batista

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1 comentário

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  1. Ruth mota disse:

    Foi um grande homem do esporte amazonense.???