Naufrágio no feriado ocorreu repentinamente, conta dono da lancha, o cardiologista Silas Avelar. Veja relato dele

Naufrágio no feriado causou apreensão em todos que tinham familiares aproveitando o rio Negro

Naufrágio ocorreu em lancha considerada segura, conta o cardiologista Silas Avelar (foto)

O médico cardiologista Silas Fernandes Avelar Júnior é o proprietário da lancha que afundou sexta-feira (02/11). Só agora, em nota de esclarecimento enviada a grupo de Whatsapp, ele revelou os detalhes. O barco é uma Regal Fasdeck 25,2 pés, com capacidade para 14 pessoas, considerada muito segura. A lancha, porém, segundo o relato, fez água e afundou a proa rapidamente.

Silas Avelar conta que o afundamento ocorreu na altura da Vila de Paricatuba, na margem direita do rio Negro. Os primeiros relatos, inclusive oferecidos a este portal, diziam que havia sido na Praia da Lua, margem esquerda. Os ruídos ocorreram porque o empresário Toni Leão, que socorreu os náufragos, trouxe todos a Manaus e seguiu roteiro de feriado. O pessoal do barco dele compartilhou o vídeo do naufrágio, mas faltaram os detalhes.

 

Naufrágio no feriado

O cardiologista Silas Avelar, um dos mais conceituados do Amazonas, revela ainda que estava em companhia de outras oito pessoas. Isso inclui o filho dele, de nove anos, irmã e a esposa. O número está abaixo da capacidade da lancha, que é de 14 passageiros.

Havia banzeiro, mas nada que preocupasse. Depois acumulou água e a proa afundou rapidamente. “Deixei a condução e fui providenciar colete para todos”, revela o médico. A lancha tem 12 coletes e uma boia de salvatagem. No final, ele e a mulher foram os únicos a pular na água sem coletes. Conseguiram flutuar segurando no banco do piloto, que soltou, e num estofamento.

O grupo ficou flutuando uma hora, até que Toni Leão e uma pequena lancha de passageiros apareceram para prestar socorro.

“Na marina Tauá estão disponíveis os dados da lancha e o inventário de tudo que havia dentro dela. Amanhã (esta terça, 07/11) iniciaremos o trabalho de resgate e poderemos saber o que de fato aconteceu”, finaliza.

 

Íntegra da nota sobre o naufrágio no feriado

Nota de esclarecimento

Me chamo Silas Avelar e no dia dois, próximo e passado, sofri um naufrágio com minha lancha no rio Negro, na altura do Paricatuba.

Havia naquele horário, um banzeiro intenso e entrava alguma quantidade de água na lancha, porém nada que preocupasse, pois se trata de uma Regal Fasdeck 25.2, com capacidade para 14 pessoas. Naquele momento além de mim, estavam mais oito pessoas na lancha, dos quais, um era meu filho, de nove anos.

Em determinado momento notei que se acumulou água no convés. A partir daí tudo foi muito rápido. A lancha afundou a proa inicialmente.

Deixei a condução e fui providenciar colete para todos. Tentei pegar os que estavam nos silos da frente (a lancha tem 12 coletes e uma bóia de salvatagem), inclusive tendo que mergulhar e não consegui.

A popa ficou elevada. Tentei o silo de traz, através do banco, e só alcancei um colete. No convés tínhamos três coletes, que são esses de uso habitual para esportes aquáticos.

Consegui soltar uma defensa e entreguei para o meu cunhado e pedi que todos pegassem alguma coisa flutuante.

Meu filho ficou com um colete e com uma boia. Minha irmã e mais duas mulheres do grupo ficaram com coletes. Dois amigos ficaram com uma caixa cada um.

Eu e minha mulher caímos na água sem nada. Mas logo achei o assento do piloto, que se soltou, e ela encontrou um estofamento que nos manteve flutuando bem.

 

Dois minutos

Desde que a lancha inundou o convés, até afundar, não se passaram mais de dois minutos. Foi muito rápido. A partir daí permanecemos por quase uma hora no banzeiro. Sem pânico, graças a Deus. Até que veio a lancha do Sr. Tony Leão e um pequeno barco de passageiros, que nos resgataram.

Trago essa mensagem para vocês na intenção de esclarecer, pois foi postada uma primeira impressão que não corresponde à realidade. Creio que devido ao contexto do momento.

Na marina Tauá estão disponíveis os dados da lancha e o inventário de tudo que havia dentro dela. Amanhã iniciaremos o trabalho de resgate e poderemos saber o que de fato aconteceu.

Reforço aqui o meu agradecimento ao Sr. Tony, pois já o fiz em mensagem direta. Ao marinheiro Adriano, que puxou minha família. E ao condutor do barco de passageiros, um rapaz chamado Cláudio, que puxou meu filho, minha irmã e a mim da água.

Sem mais, era o que eu tinha a dizer. Solicito que divulguem essa mensagem da mesma forma que divulgaram a outra.

Saudações a todos.

Veja também
1 comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Roberta Silva disse:

    Gostei do Portal. Rico em conteúdo e bem informativo.