Dos 7 envolvidos no latrocínio da esportista britânica, três já foram detidos pela polícia

Esportista Emma Kelty fazia viagem pelo Amazonas, de caiaque, sozinha. Entre Codajás e Coari ela foi abordada por grupo que a roubou. Ela foi morta com tiro de espingarda e o corpo jogado no rio. Foto: Reprodução

São sete os envolvidos na morte da esportista britânica Emma Kelty, 43, vítima de latrocínio no rio Solimões. Além de dois adolescentes apreendidos, ambos de 17 anos, na comunidade Lauro Sodré, no Município de Codajás (distante 240 quilômetros de Manaus), na tarde desta terça-feira (19), a Polícia Civil do Amazonas confirmou a prisão de outro suspeito do crime, identificado como Irinei Ferreira da Silva, em Coari (a 363 quilômetros da capital). Outros quatro homens não tiveram os nomes divulgados, mas a polícia já tem mandados de prisão para os mesmos.

Conforme a polícia, o latrocínio – roubo seguido de morte – foi confirmado no final da tarde de ontem, após o primeiro adolescente apreendido ter assinado um Termo de Declaração, dando detalhes do assassinato. Segundo ele, a britânica estava acampada num lugar conhecido como Ilha do Boieiro, em frente à comunidade Lauro Sodré, em Coari, quando foi abordada pelo grupo.

Os pertences e objetos de valor da esportista foram roubados e ela teria sido atingida com um tiro de espingarda calibre 20, com o cano serrado. Seu corpo foi jogado nas águas do rio Solimões, segundo o depoimento.

A Marinha do Brasil e o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas continuam as buscas para tentar localizar o corpo da esportista. Os dois órgãos refizeram o trajeto percorrido por ela nas proximidades de onde o adolescente apontou que o grupo teria jogado o corpo.

No último dia 10, Emma Kelty parecia pressentir perigo na área, onde estava fazendo o trajeto no seu caiaque, sozinha. Ela chegou a publicar na sua conta no Twitter o post: “Em Coari ou perto (a 100 quilômetros acima do rio) meu barco será roubado e eu serei assassinada. Legal”.

A Polícia Civil, Marinha do Brasil, 9° Distrito Naval (Com9ºDN), Polícia Militar do Amazonas e Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) estão trabalhando para elucidar detalhes do crime da britânica. Os dados foram confirmados pelo delegado-geral da Civil, Frederico Mendes.

Moradores da Comunidade Lauro Sodré relataram que viram a britânica Emma Kelty ainda com vida, passar em um caiaque em frente à comunidade, foram ouvidos pelos policiais civis como testemunhas.

Entenda o caso

Na última quarta-feira, dia 13, por volta das 22h, uma empresa ligou para o Comando do 9° Distrito Naval (Com9ºDN) informando que o localizador de emergência da britânica Emma Kelty, que estaria realizando canoagem esportiva no Rio Solimões, havia sido acionado. Na manhã de quinta-feira, dia 14, a Marinha do Brasil iniciou as buscas para tentar localizar a britânica.

Já na tarde de sexta-feira, dia 15, alguns objetos de Emma Kelty, como roupas, sapatos e o caiaque foram encontrados na Comunidade Lauro Sodré.

No último domingo, dia 17, a Marinha do Brasil encaminhou os objetos ao 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde foi realizado o Auto de Exibição dos materiais. Na 78ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), que fica em Codajás, foi instaurado um Inquérito Policial, de número 44/2017, para investigar o caso.

A atleta britânica viajava sozinha em um caiaque desde o mês passado. Ela saiu do Peru e teria entrado no Brasil pelo município de Tabatinga (AM), na tríplice fronteira, sumindo em uma área perto de Coari

Na quarta-feira passada, equipamento de emergência, um rastreador, foi acionado do caiaque de Emma. Marinha encontrou o mesmo num banco de areia às margens do rio. Foto: Divulgação Marinha

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