TRE-AM recebe R$ 11 milhões para realizar o segundo turno no dia 27

O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) já recebeu do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mais R$ 11 milhões para realizar o segundo turno da eleição suplementar que vai eleger, no próximo dia 27 (domingo), o próximo governador do Estado.

No valor estão R$ 2,5 milhões destinados para o que se chama de transporte especial, que inclui até helicóptero para as localidades mais afastadas, como o Vale do Javari e áreas de reserva indígena. As urnas eletrônicas já estão nos locais, mas existe transporte de operadores, servidores da Justiça Eleitoral e das forças de segurança, tudo para atender as 6.668 seções eleitorais espalhadas em todo o território amazonense.

Segundo o diretor geral do TRE-AM, Messias Andrade, neste pleito se conseguiu uma redução de despesas em relação ao ano de 2016, com a contratação entre órgãos envolvendo transporte feito pelo Comando Militar da Amazônia (CMA). “Na operação estão as despesas com envio de servidores, técnicos de transmissão, alimentação, pagamento de diárias. Está tudo dentro do cronograma para o segundo turno”, fala o diretor.

Até o próximo domingo, dia 20, o TRE-AM receberá o reforço de servidores enviados dos Tribunais Regionais do Pará, Rondônia e Acre para atuar na eleição suplementar. E até a antevéspera do pleito, dia 25, chega a equipe técnica e de tecnologia do TSE, além de uma juíza auxiliar do presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, incluindo servidores do Controle Interno que vão acompanhar a votação paralela.

Para a realização desta eleição, o TRE-AM, no primeiro turno, teve investimentos da ordem de R$ 13 milhões, entre despesas liquidadas, empenhadas e a empenhar, somadas a despesas do Tribunal Superior, de R$ 10 milhões, incluindo verbas para deslocamento das tropas federais. O primeiro turno teve custo de R$ 23 milhões. O pleito total custará R$ 34 milhões, com um valor, por voto, de R$ 14,53.

Em Manaus durante o primeiro turno, o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, disse que a logística empreendida no Estado para realizar o trabalho da Justiça Eleitoral é sem comparação: “Aqui não vai nenhum exagero. Temos, em termos de logísticas, aqui no Amazonas, as eleições mais difíceis do Brasil. Isso exige uma série de providências, e para isso é fundamental a integração que aqui se vê, a articulação entre todas as autoridades, especialmente a integração que se vê entre a Justiça Eleitoral e as Forças Armadas”.

Ainda sobre as especificidades desse trabalho, ressaltou o ministro: “Sem dúvida nenhuma, é nossa obrigação divulgar as peculiaridades desse trabalho. Uma junção de aviões, helicópteros, e barcos, trazer as comunidades para que venham votar, levar essas urnas a locais longínquos. Enfim, deixamos de medir as distâncias em horas, para medi-las em dias de deslocamento”.

Sobre valores da eleição, o secretário de Segurança Pública (SSP-AM), Sérgio Fontes, disse que muito se explora o custo do pleito, mas “é preciso refletir quanto vale a democracia. A democracia é um patrimônio que não tem preço. Este é um direito inestimável, e o maior custo seria não ter democracia”.

Hoje, o Amazonas tem 2.338.886 eleitores aptos a votar, sendo que 10 Municípios tem identificação biométrica, somando um eleitorado de 1.686.428 votantes. São 70 zonas eleitorais e 1.426 locais de votação.

A eleição

O pleito suplementar foi determinado após a cassação dos mandatos do ex-governador, José Melo, e do vice, Henrique Oliveira, por compra de votos nas eleições de 2014. O governador em exercício é o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM), David Almeida (PSD), que segue no cargo até a nova eleição. Segundo calendário da Justiça Eleitoral, o novo governador eleito deve tomar posse até o dia 6 de outubro deste ano.