Prefeito de Manaus faz apelo ao presidente do TRE-AM para que antecipe posse do candidato eleito

O prefeito Arthur Neto considera que dez dias após o 2º turno são suficientes para se preparar uma posse sem pompa. Foto: Semcom/Divulgação

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, fez um apelo pelo Facebook, na noite deste sábado (06/08), ao desembargador Yedo Simões, presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), para que antecipe a posse do candidato eleito nas eleições suplementares para o Governo do Amazonas.

Arthur considera que dez dias após o 2º turno são suficientes para se preparar uma posse singela, sem pompa. “Os amazonenses merecem normalidade e respeito. Sei que o respeitável juiz estará à altura do momento singularmente delicado vivido por sua gente”, disse.

Veja a íntegra do post do prefeito:

Democracia

Amanhã, domingo, dia 06, os eleitores e eleitoras irão às urnas para escolher o governador que receberá a missão nobilíssima de restaurar o Amazonas. Nosso estado, em verdade, está falido, com atrasos no salário de seu pessoal, ameaçado de sequer pagar o mês de setembro e desafiado a colocar em dia o 13o salário, que custará absurdos 170% da folha. Afinal, lançando mão de artimanhas, meramente adiantaram 30% desse compromisso, ainda no período Melo, em 2016.

O governador interino, que apostava suas fichas ilegítimas em eleições indiretas cassariam o direito de voto do povo, deixou a embriaguez do poder efêmero subir-lhe à cabeça. Poderia ter iniciado, com sobriedade e espírito público, a transição para o futuro. Preferiu, ao invés, cometer todos os desatinos possíveis e imagináveis: empenhou, nessa curtíssima interinidade, cerca de R$ 2 bilhões, liquidando mais de R$ 1 bilhão; pagou desapropriações despropositadas pelo valor “de face,” sem, ao menos, impor reduções que, minimamente, “protegessem” o erário… e ainda lançou uma candidata fantoche, para desviar a atenção da trama que urdia, em Brasília, para suspender as eleições populares.

Apelo ao desembargador Yedo Simões, presidente do TRE, para que antecipe a posse do eleito. Dez dias após o 2o turno são suficientes para se preparar uma posse singela, sem pompa, que interrompa essa tragédia de 22 meses. Os amazonenses merecem normalidade e respeito. Sei que o respeitável juiz estará à altura do momento singularmente delicado vivido por sua gente.

Escolhi o postulante que se propõe, pura e simplesmente, a entregar o Amazonas, impreterivelmente em 31 de janeiro de 2018, já salvo do caos presente, a um sucessor igualmente ungido pelo voto popular. Optei por quem não ambiciona reeleição. Por quem tome as medidas necessárias, certas delas até impopulares, para repor nossa terra no rumo do crescimento, da credibilidade e da prosperidade. Decidi-me por quem não fará planos políticos e eleitorais.

Votarei, pois, em Amazonino Mendes, meu adversário de décadas, precisamente porque ele assumiu dois compromissos essenciais comigo: a)não ambicionar; b)trabalhar ao meu lado no enfrentamento aos problemas urgentes e exigentes dessa cidade-estado que é Manaus. Quando fui, pela primeira vez, ao seu encontro, deixei claro também que nosso acordo eleitoral se restringe a 2017. Muito claramente assim.

A postura de Amazonino foi correta, madura e nobre. Deixamos de lado as querelas passadas, em nome de objetivos superiores a tudo, que são o Amazonas, Manaus e nossa gente. O passo seguinte foi apertarmos as mãos e sairmos para a luta, em busca de apoio aberto e longe de conchavos nos porões de Brasília.

Como sempre, votarei por crença, confiando em Deus e no sentido de autoproteção dos amazonenses. Pela quarta vez, tive oportunidade de disputar o governo e a isso me recusei. Aprendi a domar minhas ambições. Elas sempre estarão abaixo dos interesses da terra que me permitiu construir densa carreira pública de quase quatro décadas.

A farsa foi desmontada. O povo vai, ele mesmo, decidir o seu destino.

Que Deus proteja o Amazonas.

 

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