‘Mandou matar por motivo torpe, ciúme desvirtuado da relação natural de defesa da família”, afirma promotor sobre Marcelaine

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Marcelaine acena durante o julgamento. Hoje ela vai conhecer o resultado da imensa confusão em que se meteu

O promotor Rogério Marques, responsável pela acusação no julgamento de Marcelaine Schumann, vai defender a tese de homicídio tentado qualificado por motivo torpe. “Ela mandou matar Denise por motivo abjeto e vergonho. Porque houve paga e ciúme desvirtuado da relação natural da defesa da família”, disse, pouco antes de iniciar o resumo do Ministério Público para os jurados. A ré, casada, mandou matar por ciúme do amante.

O juiz da 3ª Vara do Tribunal do Júri, Mauro Antony, que preside o julgamento, explicou que Rogério Marques é o primeiro a falar, com duas horas e meia de tempo disponível, vindo a seguir os três advogados de defesa. Depois ocorrerão as tréplicas, com duas horas para cada. “Acho que no máximo às 19h tudo estará concluído”, com a sentença prolatada, diz o magistrado.

O tempo de julgamento, porém, já está prejudicado. Às 10h10, o juiz avisou à imprensa que os réus sequer haviam saído do Centro de Detenção Provisória (CDP), que fica no KM-08 da BR-174. O início se deu somente por volta das 10h30.

A defesa trabalhou exaustivamente, com visível entrosamento entre os réus, para fazer valer a tese de que Marcelaine pensava apenas em dar um susto em Denise Almeida. A acusação busca desqualificar a tese. “Susto não se realiza com disparo de arma de fogo contra a cabeça de alguém. É mais uma mentira que a defesa tenta colocar para os jurados. Espero que assim como eu não acreditei, os jurados não acreditem também”, disse Rogério Marques.

O promotor afirmou que esperava “a verdade completa, 100%”, de Marcelaine. “Achava que ela confessar que mandou matar a rival. A questão do triângulo amoroso está superada porque há diversos elementos de prova disso. Marcelaine podia negar e isso não mudaria nada. Ela admitiu e vem com essa história de que o Charles se propôs a ajudar, de graça, dando um susto, que poderia chegar até a uma surra. Isso não ia ajudar o problema dela, mas podia até acirrar. Para parar a rival, o plano só podia ser o que ela fez, mandar matar a rival. Por isso adquiriu uma arma de fogo, uma pistola semiautomática e não um balão para estourar dando o susto e sim uma arma para matar a rival”, disse.

Marques enfatiza que “a vítima não morreu porque baixou a cabeça e se afastou do atacante. Ele correu por causa do barulho e porque seria preso. Não por ser bonzinho. Ele pensou que os três tiros seriam suficientes”, enfatiza.

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Marcelaine chega ao julgamento

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