
Rafael Lopes Franco criou uma empresa de transporte e mudanças de fachada para ficar com os objetos das vítimas. Foto: Divulgação
Rafael Lopes Franco, 28, foi preso acusado de aplicar golpes utilizando uma empresa de “fachada” para transporte de veículos e mudanças.
De acordo com o delegado titular da Delegacia Especializada em Proteção ao Consumidor (Decon), Antonio Chicre Neto, a prisão do acusado ocorreu na tarde da última sexta-feira (13/05), por volta das 15h, em uma rua na Manaus Moderna, Centro da cidade, zona Sul, durante ação deflagrada pela equipe da Decon, sob o comando do delegado. O fato ocorreu em cumprimento a mandado de prisão expedido naquele mesmo dia, pela juíza Eulinete Melo Silva Tribuzy, da 11ª Vara Criminal.
Conforme o titular da Decon, as investigações em torno do caso foram iniciadas há cerca de três meses, quando uma das vítimas procurou a especializada para denunciar o golpe praticado por Rafael. O infrator. que é natural de Mato Grosso do Sul, teria criado no lugar, em 2015, uma empresa de transportes e mudanças. Desde então teria passado a praticar golpes e fez ao menos cinco vítimas, segundo Chicre Neto.
“Uma das vítimas relatou que Rafael anunciava o serviço de mudança em sites de compras. Ao invés de executar o que havia acordado com o cliente, ele guardava os objetos das vítimas em um depósito e utilizava os veículos em proveito próprio. Inclusive, quando foi preso, estava conduzindo um automóvel modelo Celta, de cor verde e placas JWT – 9579, de uma vítima. Em posse dele também apreendemos um Fiesta Sedan, de cor cinza e placas JXY – 7467, que pertencia a outra vítima. O carro está em uma oficina, pois foi batido pelo infrator”, explicou Chicre Neto.
Em depoimento na Decon, uma das vítimas relatou que contratou o serviço de mudança em dezembro de 2015 para o estado de Minas Gerais. Na data combinada para a entrega dos móveis e eletrodomésticos, Rafael argumentou que o caminhão utilizado no transporte havia tido um problema mecânico. Desde aquela época a mercadoria não chegou ao local de destino.
“Rafael ficava com as mercadorias e as guardava em um depósito na Rua Pico das Águas, bairro Presidente Vargas, zona Sul. O infrator chegou, inclusive, a doar alguns objetos das vítimas, pois declarou que havia se tornado missionário. Em seguida descobrimos que a empresa criada por Rafael não existia em Mato Grosso e nem em Manaus. Os valores cobrados para realizar as mudanças variavam entre R$ 2,8 mil a R$ 6 mil”, disse o titular da Decon.
O infrator foi indiciado por estelionato, propaganda enganosa e apropriação indébita.
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