Queixa de aluno sobre os problemas do Ifam

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam), que reúne a antiga Escola Técnica Federal do Amazonas (ETFA) e o Colégio Agrícola de Manaus, sucedendo o Cefet, é um patrimônio do Amazonas. Precisa, portanto, de toda atenção dos amazonenses.

Recebi uma carta de alguém, dizendo-se aluno da instituição, com uma série de preocupações administrativas a respeito do funcionamento da mesma. Repasso a mensagem agora aos leitores, para reflexão, esperando que a direção do Ifam se manifeste a respeito (clique para ler):

“Nós, alunos do Curso Superior de Tecnologia em Construção de Edifícios (TCE) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM), visto que, apesar da atual necessidade do mercado brasileiro de profissionais qualificados na área da Construção Civil, por conta do crescimento econômico do Brasil, do PAC, da continuidade do Governo Lula com a presidente eleita Dilma Rousseff, da Petrobrás e suas descobertas recentes e diárias, da Copa das Confederações, da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Rio de Janeiro, estamos preocupados.

“O curso não tem espaço prático definido no mercado de trabalho, reconhecimento e/ou aceitação no Conselho de Classe, Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), nem interesse do mercado de trabalho, que não aposta ou não conhece a profissão. O crescente número de vagas na Construção Civil é preenchido, desta forma, com profissionais desqualificados, Engenheiros Civis de outros Estados e Países, preterindo, assim, da intenção dos alunos de Tecnologia em atuar na área da Construção Civil, além de criar um problema efetivo por não haver a oportunidade de conseguir um Estágio atrasando a conclusão da Graduação/Colação de Grau.

“SOLICITAMOS A QUEM DE DIREITO (Reitoria, Pró-Reitoria, Direção e/ou Coordenação do Curso) A CRIAÇÃO E/OU EVOLUÇÃO DO REFERIDO CURSO (TCE) PARA O CURSO SUPERIOR DE BACHAREL EM ENGENHARIA CIVIL OU PARA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CIVIL, ATENDENDO ASSIM ÀS NECESSIDADES E DEMANDA DO MERCADO E DOS ALUNOS DE TCE INTERESSADOS EM ATUAR NA ÀREA DA ENGENHARIA CIVIL/CONSTRUÇÃO CIVIL E DE PELO MENOS 2 (DOIS) CURSOS EM NÍVEL DE PÓS-GRADUAÇÃO (Ex. Engenharia de Segurança do Trabalho, MBA da Qualidade etc.) PARA EXTENSÃO ACADÊMICA DOS ALUNOS DE TCE, POIS, AS INSTITUIÇÕES NÃO ACEITAM E NEM RECONHECEM O DIPLOMA PARA DISPUTA DE VAGAS NOS CURSOS DE EXTENSÃO, MESTRADO E DOUTORADO.

“Temos a informação de que já há um Projeto, parcialmente pronto, de implantação do Curso Superior de Bacharel em Engenharia Civil no IFAM Centro, desenvolvido pela Professora Elaine Bessa, o que viabilizaria o início da primeira turma do referido curso em 6 (seis) meses, satisfazendo de maneira ágil, eficaz, eficiente e de acordo com a Lei n. 8112/1990 dos Servidores Públicos Federais e os anseios do Governo Federal, do Ministério da Educação, do Governo Estadual, do Mercado de Trabalho Público, já que Editais para Concurso Público não mencionam cursos Tecnológicos, Privado e dos aqui interessados em aglutinar mão-de-obra qualificada e especializada para atuar na presente conjuntura econômica e criar um futuro de desenvolvimento e conforto social para o Brasil e os brasileiros.

“Pontos a serem analisados:

– O curso superior em tecnologia em construção de edifício teve sua grade curricular mudada quatro vezes;

– O curso não tem o respeito que merece pelas construtoras;

– O curso sempre esta entre os mais concorridos no vestibular;

– O curso não oferece um futuro para os formandos;

– O CREA não dar o devido respaldo para os tecnólogos;

– O ifam não divulga a real função de um tecnólogo em construção de edifício no planfeto do vestibular;

O ifam não faz contado com as construtoras para mostrar que o curso existe e onde o formando se encaixa no mercado de trabalho;

Os laboratórios de construção do Ifam estão sendo usados quase exclusivamente para fazer trabalhos para terceiros e para o curso técnico em edificações;

– O ifam tira nossas salas de aulas, para por alunos do programa “OLHO no Futuro”;

– Existe a lei 2245/07, que ainda não foi aprovada, para legalização da profissão de tecnólogo;

– O reitor já perdura há mais de 17 anos no cargo e nada foi feito para a área da construção;

– Os laboratórios estão sucateados;

– Não existem professores suficientes: Tem professor que ministra ate três disciplinas em um só período para uma só turma;

– A coordenadora do curso não tem força para barganhar melhorias;

– Existe uma carta do Ministério da Educação cobrando melhorias e nada foi feito e nem a carta foi mostrada aos alunos;

– Nós alunos temos apoio de 90 por cento dos professores de construção, para a abertura do curso de Engenharia Civil ou do curso de  Engenharia em Produção Civil.”

Com a palavra, a reitoria do Ifam.

Veja também
9 comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Ricardo disse:

    Concordo plenamente com o TCE Aluno, tem que chamar pra entrevista….PErgunte ao reitor por que o ifam ofereçe um curso que nao tem profissão reconhecida, e omite essa informação no folder do vestibular, e por que o reitor nao avisa aos Tecnologos de Construção Civil sera eternamente pau mandados dos engenheiros

  2. Formando Tce disse:

    Sou formando do Curso de Tecnologia em construção de edificio, eu nao tenho horizonte profissional, nao posso fazer uma pos-graduação em uma universidade publica por que a mesma nao reconhece nosso diploma.
    Marcos voce e Tiradentes nao podem deixar isso passar…
    Existe uma gradilha dentro do IFAM que nao deixa a Area da construção evoluir…
    Chamem o Reitor e cobre verdadeiramente, pois nois alunos estamos com as maos amarradas pois o reitor deixa a entender que se falar muito acaba com o curso e ai as coisa fica pior …

  3. Elaine Maria Bessa Rebello Guerreiro disse:

    Boa tarde

    Li a matéria e gostaria de prestar um pequeno esclarecimento. O projeto que iniciei, entre 2004 e 2005, não foi para um curso superior de bacharelado na engenharia civil, mas sim um reestruturação do antigo curso Gestão de Obras, pois iríamos ser avaliados pelo MEC. O objetivo da nova formatação era exatamente para dar um diferencial deste profissional com relação ao engenheiro civil. O administrador, gestor ou gerente de obras é uma função reconhecida pelo CBO, e acredito que necessária para o mercado de trabalho da construção civil. Atualmente estou trabalhando em outro campo (educação), mas desejo, sinceramente, que as discussões avancem para uma solução satisfatória para todos, principalmente para os alunos.

  4. Mari disse:

    Mestre Elaine, estou participando do projeto do curso de engenharia de produção civil que iremos entregar no começo do periodo no IFAM, Se a senhora ler esta menssagem peço gentilmente que entre enconta com a gente para tar uam conferida com que estamos fazendo.Este é o nosso email [email protected]

  5. Elaine Maria Bessa Rebello Guerreiro disse:

    Oi Mari

    Irei enviar um e-mail para você. Em breve estarei em Manaus para férias.

  6. Antonio Cesar disse:

    os professores Jose Dourado e Mauro Barreto fizeram parte do Conselho Diretor o mais importante do Instituto Federal,pediram vista do processo quando quiseram implantar o curso Construcao de Edificio,resultado foram colocados fora do conselho apesar dos mesmos terem sido eleitos,eles tinham rezao quando alertaram que o curso nao seria aceito pelo CREA.

  7. Márcio Silva de Lira disse:

    Olá. Sou membro do Conselho do IFAM. Vi esse reclame agora. Aparentemente a Reitoria do IFAM não se pronunciou. Alguém saberia dizer como fazer contato com a pessoa que enviou essa carta? Marcos Santos? Boa noite.

    RESPOSTA:
    Oi Márcio, vou tentar um contato com a pessoa, mas, como acho que ela lê o blog, pode entrar em contato direto com você, pelo e-mail [email protected]. Volto a fazer contato. Obrigado.

  8. pedro disse:

    quero que o reitor esplique porque o luiz carlos presidente do de olho no futuro não pagou ninguem e porque 0o de olho no futuro ainda continua dentro do IFAM depois de varias denuncias junto ao ministerio do trabalho e ministerio publico e o luiz ate quando vai enrrolar e não pagar .

    pesquem que é luiz carlos coelho de medeiros .

  9. DIEGO RUDSON disse:

    Recentemente fui aprovado no processo seletivo para graduação em Tecnólogo em Construção de Edifício 2013;e antes de me inscrever no curso fui procurar informação sobre o mesmo junto ao CREA-AM,e fiquei sabendo que depois de formado eu posso sim ter meu registro profissional.No entanto o que verifico no mercado de trabalho é que poucas empressas conhecem esse tipo de graduação, e as que conhecem não sabem qual é realmente a atribuição desse profissional, se ele pode ou não ter ART.
    No que diz respeito a estrutura do IFAM fico muito triste com essa noticia pois na época em que me formei em Técnico em Edificações a instituição era centro de excelencia no curso inclusive com os melhos laboratórios e equipamentos,mas infelizmente com todas essas noticias já estou desanimado,espero sinceramente que as coisa se desenrole de forma positiva,pois entendo que as pessoas que procuram a instituição para se profissionalizar ou se graduar é porque entendem que a mesma tenha credibilidade.