Alfredo Nascimento e José Serra têm algo em comum. O ex-ministro busca desesperadamente o apoio que o ex-governador combate, mas, apesar disso, no que tange às estratégias eleitorais os dois usaram o mesmo princípio. Que se mostrou errado.Alfredo não ataca o Governo Eduardo Braga, enquanto Serra poupa e até elogia Lula.
Como diz Carlos Drummond de Andrade, no poema “Quadrilha”, “João amava Teresa que amava Raimundo/ que amava Maria/ que amava Joaquim/ que amava Lili…”
Esses elogios funcionam como bumerangues: Alfredo elogia Braga, que pede votos para Omar; Serra elogia Lula, que carrega Dilma no colo.
Serra mudou a postura. Alfredo não. A pergunta é: há um mês das eleições, os dois ainda têm tempo para provocar um 2º Turno?
Escrevi ontem essa ode em repúdia à estratégia de campanha deste candidato, não sou contra a disputa política, mas sou viceralmente contra ao fazer as coisas a qualquer preço, que é o que vem acontecendo. Aí abaixo vai minha forma de responder a isso:
Amazonense ou Potiguar?
Vim do Rio Grande Norte
Pra essas bandas tentar a sorte
e qual não foi a minha sorte?
Encontrei aqui um povo bravo e forte,
mas que naquele momento, estava sem rumo, sem norte.
Vim, fiz e aconteci!
Ganhei pra prefeito e enriqueci!
Administrei por oito anos essa cidade, era um rei…
Fui chamado pra ser ministro e aceitei!
E do meu belo Rio Grande do Norte me lembrei.
Estradas de tapete lá eu construí,
Tantas e quantas vezes eu ouvi
prometer e não cumprir é pior do que mentir
e o pior que era verdade, pois da BR-319 me esqueci…
Agora retorno todo poderoso e forte,
a este povo humilde e faceiro
visto a manta do grande guerreiro,
pra de novo tentar a sorte.
Mas aquele povo outrora sem norte
agora estava com outro semblante,
Revigorado, forte, gigante!
e isso pra mim foi a morte!
Aleksandro Machado