Política não é matemática, mas de vez em quando surge uma equação nova tentando conquistar votos. É o caso dessa que reúne o governador Omar Aziz e o ministro Alfredo Nascimento no palanque da presidenciável do PT, Dilma Housseff, quando ela vier a Manaus. Omar mais Alfredo seriam igual a Dilma para enfrentar José Serra (Omar + Alfredo = Dilma x Serra). A teoria matemática não fecha, primeiro porque política não é ciência exata e segundo pelos detalhes.Uma das coisas é o ineditismo. Por que será que os políticos insistem em fazer do Amazonas uma nova Sucupira? Por que não se dão conta do ridículo que é um “sim senhor” a essa altura da política brasileira? Nunca, em tempo algum, dois candidatos ao governo de um Estado brasileiro, rivais, em disputa acirrada, subiram no palanque de um único candidato à Presidência da República.
Ingenuidade não tem lugar na política. O governador Omar precisa fechar os financiamentos da Arena da Amazônia, do Monotrilho e da ponte sobre o rio Negro. Todos dependem do aval do Palácio do Planalto. Tudo indica que há gente “operando” no meio de campo com ameaças de todo jeito. Daí para essa fidelidade canina às ordens do presidente Lula é um pulo.
Vejam o caso do prefeito Amazonino Mendes. Sem um apoio formal a Dilma, principalmente depois de ter abandonado Alfredo, ele fica órfão de vários recursos tidos como “carimbados”, a começar pelos que construiriam a “nova Ponta Negra”.
Agora imaginemos a cena: Dilma desembarca no aeroporto e Omar e Alfredo puxam carreatas e carreatas de cabos eleitorais, fardados, para mostrar força. A cidade para. O aeroporto Eduardo Gomes entope. Trava tudo. Kombeiros faturam os tubos. Gráficas idem.
Dilma pensa: “Já ganhei”. Manda colocar segurança impedindo acesso ao palanque, sob pena de se repetir o triste acidente em que o ex-governador Eduardo Braga quebrou o pé, em Benjamin Constant, quando o palanque desabou. Na hora do discurso, com toda essa unanimidade, após ter visto metade de Manaus nas ruas, ela chuta o balde: “Meu candidato do coração é o Alfredo, mas quero agradecer o apoio do Omar”.
Qual seria o impacto de uma declaração dessas, aos 45 minutos do segundo tempo, com o Ibope dizendo que Omar está dois pontos à frente, a Perspectiva dizendo que são três e o DataFolha afirmando que a diferença está em um ponto para Alfredo?
Mais um ingrediente nesta salada grega: o presidenciável que venceu as eleições no Brasil, após a redemocratização (Collor, Fernando Henrique duas vezes e Lula duas vezes), sempre ganhou disparado no Amazonas. Serra só agora entrou em campanha. Já pensou se ele aparece na frente?
Essa equação não vai funcionar. Não é preciso nem ser o Maneca para saber.
Por Marcos Santos
Quero ver como ficará o Amazonas se o Serra ganhar (o que não é muito difícil).
Oi Marcos não encontrei a parte de contato em seu blog, por isto mando esta mensagem. Deixei o Livro Ev. e política ontem p vc aí na rádio. Para mim não é um simples livro é uma causa. Passei ontem com o Pr Jorge Max tb o qual lhe recomendou. Sou da Presb.. Gostaria de contar com sua colaboração. Abraço.
RESPOSTA:
Olá Celso. Respondi pelo twitter. Ligue no telefone da produção da CBN, entre 8h e 10h, para combinarmos algo. começo a ler seu livro nesta segunda. Estou terminando outro para dar a devida atenção, ok? O fone da produção: 3616-3838.
Poxa! Apareceu um analista de verdade. Sempre que posso digo: e se o Serra ganhar as eleições, como ficará, politicamente, o Amazonas e a imprensa? Pois até parece que já combinaram com os eleitores para só votarem na Dil má. Isto não existe. Teremos muita surpresa…..
A única equação que fecha e, é boa para o Amazonas é essa:
((OMAR)² – (ALFREDO)) = OMAR 58%
[[(DILMA + MARINA)] – (SERRA)³] = SERRA 62%
MELHOR RESULTADO PARA O AMAZONAS!!!
Qual é o seu e-mail? Quero mandar umas fotos do absurdo que acontece diariamente ao lado do shopping manaura.
RESPOSTA:
Mande para o [email protected]. Obrigado
Essas conjunções de políticos são generalidades.O que vale mesmo e o dinheiro o resto e conversa pra boi dormir e cantar também. Enquanto o povo viver de pão e circo essas coisas continuarão acontecendo, pois sem conhecimento e muito menos educação ficam a mercê dos que dispõem desses recursos. Mantemos o povo na ignorância e eles não incomodam. Futebol e outras formas de picadeiro distraem a maioria da população, enquanto isso as outras coisas importantes vão acontecendo via de regra o senado e adjacências. Concorda comigo ilustre jornalista.