Arquidiocese de Manaus e Prefeitura fecham parceria para combater febre chikungunya

A Arquidiocese de Manaus e a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) estabeleceram uma parceria para a execução de um plano de combate à febre chikungunya, que vai informar à população e garantir o controle da doença. Desde outubro de 2014, foram registrados seis casos de febre chikungunya em Manaus,  porém todos de pessoas provenientes de outros países, a maioria da Venezuela.

O secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão Neto, ressalta que a parceria com a Arquidiocese de Manaus se soma a diversos esforços da Prefeitura de Manaus para combater a febre chikungunya, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue. “O controle da chikungunya, assim como no caso da dengue, só pode ter resultados positivos com a mobilização de toda a sociedade e com ações intersetoriais, incluindo o poder público, as empresas, escolas e igrejas”, destacou.

dengue

A febre chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue.

Nesta terça-feira, 3, acontecerá uma mobilização na Igreja Nossa Senhora de Aparecida, no bairro Aparecida, das 8h às 20h, para sensibilizar os fiéis que participam da novena. Durante a ação, profissionais dos Distritos de Saúde Sul, Oeste e Rural realizarão ações educativas apresentando o ciclo evolutivo do mosquito, com jogos educativos e distribuição de folderes informativos. No dia 19 de março, também haverá uma grande mobilização no Centro Cultural Povos da Amazônia para marcar o Dia de São José.

Ainda como parte da programação, a Semsa promoveu, no último sábado, 28 de fevereiro, um simpósio para multiplicadores de informações sobre a prevenção e combate ao Aedes aegypti, reunindo 150 agentes da Pastoral da Saúde.

Doença

A diretora do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (Devae/Semsa), Angélica Tavares, explica que a febre chikungunya é uma doença causada por um vírus do gênero Alphavirus transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes aegypti e o Aedes albopictus os principais vetores.

“A população deve ficar alerta aos sinais e sintomas, que são parecidos com os da dengue: febre alta de início repentino (acima de 38,5 graus), dores intensas nas articulações e inchaço, dores de cabeça, dores nos músculos, manchas vermelhas na pele. A maior diferença dos casos de dengue é que nos casos de chikungunya o paciente pode continuar com alguns sintomas durante meses ou até anos”, alertou Angélica Tavares.

Desde o início do alerta para a doença no Brasil, a Semsa vem realizando ações para conter a propagação da chikungunya, com a investigação epidemiológica dos casos suspeitos, realizando os bloqueios mecânicos e químicos do mosquito e ações de educação em saúde. O trabalho é reforçado nas áreas da cidade onde há o registro de casos suspeitos, reduzindo as chances de transmissão da doença.

No Brasil, o Ministério da Saúde já registrou 3.867 casos suspeitos, 2.776 confirmados, sendo 100 casos importados, todos provenientes do exterior. Em Manaus, apenas seis casos foram identificados e a Semsa ainda aguarda o resultado laboratorial de 18 casos suspeitos.

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