O prefeito cassado do Município de Iranduba, Xinaik Medeiros, que está preso, começou a ser ouvido hoje (13/12) pela Justiça, no grupo de 13 acusados da Operação Cauxi, de 2015. O Ministério Público Estadual do Amazonas (MPE-AM) afirma que eles foram responsáveis pelo desvio de mais de R$ 56 milhões da Prefeitura Municipal. As audiências, conduzidas pelo juiz da Comarca de Iranduba, Jorsenildo Dourado do Nascimento, e a promotora de Justiça do Município, Yara Rebeca Marinho, começaram de manhã e devem entrar pela noite.
O processo é o maior em tramitação no Judiciário amazonense, com mais de 44 mil páginas. Além do ex-prefeito Xinaik Medeiros, também estão arrolados ex-secretários municipais de Iranduba, servidores e empresários locais. Serão três audiências nesta terça, sem hora para terminar. Até sexta-feira (16), a Justiça espera ouvir todas as testemunhas arroladas no processo e interrogar os 13 acusados.
Jorsenildo Dourado do Nascimento desmembrou o processo em três núcleos, Político, Empresarial e Administrativo, conforme este portal já adiantou, para facilitar a análise das provas existentes. No primeiro núcleo ficaram os acusados detentores de cargos políticos; o núcleo Empresarial é composto por empresários acusados de envolvimento no esquema de corrupção; e no último núcleo, o Administrativo, estão os servidores públicos da Prefeitura de Iranduba que, de acordo com a acusação, também faziam parte da suposta organização criminosa.
Até 15h40 desta terça, já tinham sido ouvidas seis das nove testemunhas de acusação, arroladas pelo Ministério Público, que compareceram às audiências, todas do núcleo Político. Seriam dez testemunhas no total, mas uma não foi localizada pela Justiça. Ao longo do dia, ainda ocorrerão mais duas audiências para ouvir as de acusação do núcleo Empresarial (nove); e as testemunhas de acusação do núcleo Administrativo (nove). Dos 13 acusados, quatro continuam presos e compareceram à sede do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), no Aleixo, para acompanhar as audiências de instrução e julgamento: Xinaik Silva de Medeiros, David Queiroz Félix, Nádia Medeiros de Araújo e André Maciel Lima. Um dos acusados, Edu Correa Souza, aceitou a condição de colaborador premiado (delação premiada) e deverá prestar informações à Justiça ainda nesta terça-feira (13/12).
As audiências estão sendo realizadas na sala da 3ª Câmara Cível do TJAM, na sede do edifício Desembargador Arnoldo Péres, localizado na avenida André Araújo, zona Centro-Sul de Manaus. A opção de promover as audiências em Manaus foi em função da estrutura física da Comarca de Iranduba, que não comporta um grande número de réus, testemunhas e advogados ao mesmo tempo, e também devido aos réus presos estarem em unidades prisionais da capital.
A promotora Yara Marinho disse, em entrevista, que o MPE-AM reuniu provas robustas contra os acusados. “Hoje se inicia a fase de instrução e o MP vai buscar a comprovação na Justiça de tudo o que foi narrado na denúncia, todos os delitos verificados. Temos provas documentais, que são fartas e robustas”, declarou.
Nesta quarta-feira (14/12), serão realizadas novas audiências para ouvir as testemunhas de defesa dos três núcleos do processo da “Operação Cauxi”. Os acusados serão interrogados pelo juiz nos dias 15 e 16, sendo a quinta-feira reservada para os réus do núcleo Político e a sexta para os dos núcleos Administrativo e Empresarial. As audiências serão iniciadas sempre a partir das 9h
Sem julgar,Deus e o maior juiz de todas as causas.Um dia estaremos todos diante Dele e seremos julgados do maior ao menor.