
Oficina do projeto Cultura Raiz forma 20 alunos no Parque das Tribos com foco em identidade, tecnologia e geração de renda. (Foto: Divulgação)
Vinte jovens indígenas foram certificados nesta semana em um curso de fotografia com celulares promovido pela Associação Zagaia Amazônia, por meio do projeto Cultura Raiz: Olhares do Parque das Tribos, no bairro Tarumã, zona oeste de Manaus. A cerimônia de formatura aconteceu na quarta-feira (2), no Malocão da comunidade, e marcou também o lançamento da plataforma colaborativa Amazônia Stock, com imagens autorais dos participantes.
Além dos certificados, os jovens receberam smartphones para uso em ações comunitárias, conforme termo de responsabilidade assinado durante o evento. Eles seguirão vinculados ao projeto pelos próximos dois anos, em iniciativas voltadas à comunicação comunitária, valorização cultural e inclusão digital.
De acordo com Ricardo Tavares, vice-presidente da Zagaia Amazônia, o objetivo da oficina vai além do domínio técnico. “A atividade permitiu ampliar o olhar desses jovens sobre negócios criativos que eles poderão desenvolver no futuro, sempre conectados às suas raízes e realidades”, afirmou.
Durante a cerimônia, foi reforçada a importância do uso consciente e ético da tecnologia como ferramenta de fortalecimento das identidades indígenas e amazônicas. Para o jovem Marcelo Tukano, que também é criador de conteúdo e grafiteiro indígena, a formação abre novas possibilidades. “Vou poder tirar fotos dos nossos grafismos, falar sobre a tinta do jenipapo e mostrar como tudo isso tem significado para nós”, disse.
Já a aluna Naiara Correia destacou sua paixão pela natureza: “Acho tão linda! Daqui pra frente é isso que quero fazer: tirar fotos da natureza e mostrar a beleza da floresta.”
A oficina integra o Projeto Cultura Raiz, realizado com apoio da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, patrocínio do Instituto Aegea e da Águas de Manaus. Representando a empresa patrocinadora, Érika Araújo destacou o impacto da ação: “É de suma importância proporcionar saúde, qualidade de vida e também incentivar o empreendedorismo entre os jovens indígenas.”
A formatura também marcou o início de uma nova etapa: o Curso de Empreendedorismo Cultural, previsto para começar no dia 19 de julho. Com duração de cinco sábados, a formação visa fomentar geração de renda a partir de saberes e práticas culturais locais.
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