
Turistas vindos de várias partes do Brasil e do mundo buscam lembranças que representem a vivência única do festival (Foto: Oliver Freire)
Com o início do Festival Folclórico de Parintins, a ilha tupinambarana se transforma em um verdadeiro reduto de cultura, emoção e arte. O espetáculo protagonizado pelos bois-bumbás Caprichoso e Garantido movimenta não apenas a arena do Bumbódromo, mas também aquece a economia criativa da cidade.
Turistas vindos de várias partes do Brasil e do mundo buscam lembranças que representem a vivência única do festival. Neste contexto, os artesãos e artesãs de Parintins encontram uma importante janela de oportunidade para apresentar e comercializar seus trabalhos.
Antecipando o aumento na procura por itens temáticos, empreendedores locais intensificaram a produção de artesanatos. Entre os destaques está o coletivo “Tamo Juntas”, formado por mulheres que se uniram para empreender com identidade cultural e independência financeira.
“Me chamo Fabiola Emilly, faço parte do coletivo ‘Tamo Juntas’, formado por mulheres de Parintins. Estamos aqui na Estação da Cultura, e esse já é o quarto ano de participação. A iniciativa tem dado visibilidade a mulheres empreendedoras e também a homens que trabalham com artesanato e produção local. Nesse período do festival, a venda aumenta bastante e conseguimos apresentar uma grande variedade de produtos”, explica a artesã.
O portfólio inclui camisas e eco-bags personalizadas, canetas decoradas e acessórios inspirados na indumentária indígena, como umbrosas, colares e brincos — itens que unem tradição e criatividade. A cada ano, segundo Fabíola, a procura tem crescido.
“A proporção tem aumentado a cada edição, e a gente espera que este ano seja ainda melhor. É uma oportunidade não só de vender, mas de mostrar o nosso talento e valorizar a cultura local.”
O coletivo faz parte da Estação da Cultura, espaço montado na Praça da Catedral de Nossa Senhora do Carmo e que se firmou como ponto de referência para o turismo criativo em Parintins. Lá, dezenas de expositores apresentam peças exclusivas que revelam a riqueza simbólica e ancestral da cultura local.
Mais do que produtos, os itens feitos à mão funcionam como embaixadores da identidade amazônica, levando histórias e memórias afetivas para outros estados e países. Para Fabíola e outras artesãs, o impacto vai além da renda: é sobre autonomia, reconhecimento e fortalecimento cultural.
Texto: Oliver Freire – Especial para o Portal Marcos Santos
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