
Foto: Jimmy Christian/Seas
Com foco na inclusão social e geração de renda, o projeto Padaria Artesanal, criado pelo Governo do Amazonas, tem transformado a vida de centenas de famílias por meio da capacitação em panificação artesanal. A iniciativa incentiva e impulsiona a autonomia financeira de pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Uma das famílias que teve a vida transformada foi a de Rosiana Alves, 47. A dona de casa já fazia alguns cursos de qualificação quando uma professora lhe apresentou o projeto. “Participei de uma das primeiras turmas do projeto quando ele começou no ano passado. Aprendi receitas e aperfeiçoei técnicas. Depois, comecei a vender os pães aqui no bairro, para vizinhos. Isso nos garante uma renda”, conta.
Diariamente, Rosiana vende mais de 200 pães, além de empadas doces e salgadas e também bolos. A fabricação acontece na cozinha de sua casa, no bairro Crespo, zona sul de Manaus. Entre os pães artesanais mais vendidos por ela, estão o pão de cenoura, pão de fubá e o pão de ervas.
Para dar conta da alta demanda, a empreendedora conta com o apoio dos três filhos: Guilherme, 21; Ana Luisa, 14; e Ricardo, 9. Eles aprenderam as 10 receitas ensinadas no projeto.
“Após o projeto, muita coisa mudou. Comecei a fazer pães todos os dias, a demanda cresceu, estruturei a minha cozinha para atender essas necessidades. Meus filhos aprenderam todas as receitas que aprendi no projeto e hoje me auxiliam na produção dos pães”, disse.
O trabalho da mãe inspirou o filho mais velho, Guilherme, que quer ser empresário no futuro. Ele conta que a persistência da mãe é um exemplo para ele e os irmãos mais novos. “Ela sempre busca melhorar, ser mais preparada e qualificada, e isso nos inspira. Mostra que a dedicação dela dá frutos. Temos muito orgulho e tenho certeza de que esse empreendimento vai longe”, afirmou.

Foto: Jimmy Christian/Seas
Agentes multiplicadores
Para além do empreendedorismo, o objetivo do projeto é que os participantes se tornem agentes multiplicadores e passem adiante o conhecimento adquirido na aula.
Além de vender os pães feitos em casa, Rosiana passa adiante tudo o que aprendeu no projeto. Ela dá aulas de panificação no Lar das Marias, associação que acolhe mulheres em situação de vulnerabilidade de forma gratuita em Manaus, e ensina as receitas para pessoas da sua igreja. Ainda este ano, vai para o município de Parintins para passar esse conhecimento adiante, também por meio da sua igreja.
“Minha avó dizia que sábio é quem ensina. Sinto orgulho de mim mesma quando ensino o que sei. Meu conselho para mulheres, mães, que também desejam empreender é que o mais importante é não deixar o medo falar mais alto que a coragem de dar o primeiro passo e persistir”, declarou.
Autonomia financeira
A titular da Seas, Kely Patrícia, destaca que iniciativas como a Padaria Artesanal ajudam famílias a criarem autonomia financeira. “Os programas e projetos desenvolvidos pela Seas pensam no protagonismo dessas pessoas. Por isso, incentivamos o empreendedorismo e a capacitação profissional e, dessa forma, deixam a condição de vulnerabilidade social. A Padaria Artesanal tem sido muito importante para o aprendizado e oportunidades para a população”, afirmou.
As aulas teóricas e práticas do projeto acontecem às segundas, quartas e sextas-feiras, no CECF Teonízia Lobo, e são ministradas por professores multiplicadores, com apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Ao todo, são ensinadas 10 receitas de pães artesanais ao longo das 8 horas de aula.
Padaria Artesanal
O Projeto Padaria Artesanal é uma iniciativa pioneira na região Norte, da parceria entre o Governo do Amazonas, por meio da Seas, e o Governo Federal, que visa promover a capacitação empreendedora, estimulando o empreendedorismo e a inclusão produtiva.
O foco principal do projeto é incentivar a formalização de negócios e a geração de emprego e renda, especialmente para a população em situação de vulnerabilidade social. Através dessa capacitação, busca-se não apenas fornecer conhecimentos técnicos, mas também incentivar a criação de microempreendimentos locais e promover a inclusão produtiva.
Deixe um comentário