
O secretário da Sedecti reforçou que a transação segue padrões empresariais normais e representa uma oportunidade de crescimento. (Foto: Divulgação)
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Serafim Corrêa, desmentiu, na manhã desta segunda-feira (2), boatos que circulam sobre a venda da Mineração Taboca. Nas redes sociais, o secretário reforçou que a transação segue padrões empresariais normais e representa uma oportunidade de crescimento.
Em 26 de novembro de 2024, a Minsur S.A. firmou um acordo de venda para transferir 100% das ações da Mineração Taboca S.A. ao grupo China Nonferrous Metal Mining Group, por meio de sua subsidiária China Nonferrous Trade Co. Ltd. Segundo informações da empresa, a mudança permitirá acesso a tecnologias avançadas e maior competitividade no setor.
Por meio de nota oficial, a Mineração Taboca destacou seu compromisso com valores como transparência, ética e excelência, afirmando que a operação oferece “uma oportunidade estratégica para expansão e fortalecimento no mercado de mineração e metais especiais”.
O secretário Serafim Corrêa defendeu a transação e destaca que a operação entre empresas, é normal no dia a dia do mundo dos negócios. “No mercado, as informações que se tem é que o grupo peruano MINSUR considerou melhor, do ponto de vista empresarial, vender a empresa para os chineses que detém tecnologia e capital na área por um preço considerado muito vantajoso para o grupo”.
Corrêa também criticou qualquer hostilidade direcionada a empresas internacionais: “De minha parte, entendo não ser cabível qual hostilidade a qualquer empresa, seja ela peruana, americana ou chinesa. O Brasil precisa acabar com isso, somos carentes de investimentos. Todos são bem-vindos”, finalizou.
Sobre a Mineração Taboca
A Mineração Taboca, fundada em 1969, foi pioneira na mineração e metalurgia do estanho no Brasil. Ganhou relevância com a descoberta da mina de Pitinga, a 300 km de Manaus, na década de 1980. Esse complexo industrial na Amazônia integra habitação, educação, saúde, energia e telecomunicações, sendo um dos maiores projetos industriais do país.
Em Pitinga, a empresa realiza a extração e beneficiamento de cassiterita e columbita. Desde 2006, implementou o projeto “Rocha-Sã”, substituindo a lavra de aluvião pela extração de rochas primárias, aumentando a produção de estanho e otimizando a exploração mineral.
A fundição de cassiterita ocorre no interior de São Paulo, enquanto a columbita é processada localmente para produzir ligas metálicas de FeNbTa. A Taboca também é reconhecida por suas práticas ambientais, tendo recuperado 2.900 hectares na região.
A trajetória da empresa inclui avanços tecnológicos e certificações de qualidade, como a ISO 9001:2015. Desde 2008, pertence ao grupo minerador peruano Minsur. O projeto Rocha-Sã visa alcançar uma produção anual de até 14.000 toneladas de estanho refinado, consolidando sua posição no setor mineral.
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