TJAM recebe exposição itinerante sobre luta e empoderamento feminino

TJAM recebe exposição itinerante sobre luta e empoderamento feminino

Exposição fica aberta ao público até 19 de maio.

O Tribunal de Justiça do Amazonas sediará, até 19 de maio, no hall do Fórum Cível Des.ª Euza Maria Naice de Vasconcellos, no bairro São Francisco, zona Sul, a exposição itinerante “Direito Delas! Dinheiro, Poder e Autonomia”. A passagem da exposição no fórum é uma parceria entre a Comissão de Participação Feminina do TJAM e o Consulado Honorário da Suécia em Manaus, com o apoio da embaixada da Suécia no Brasil.

A abertura oficial da mostra aconteceu na manhã de segunda-feira (15/05), com a presença da vice-presidente do TJAM, desembargadora Joana Meirelles; da presidente da Comissão de Participação Feminina do TJAM, desembargadora Carla Reis; da cônsul honorário Gisélle Vilela Lins Maranhão, do Consulado da Suécia e reitora da Universidade Nilton Lins; da desembargadora Graça Figueiredo, ouvidora da Mulher e coordenadora estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica, do TJAM; da desembargadora Mirza Telma Cunha, além de juízes e servidores do Tribunal.

“A exposição aborda um tema atual e que é de suma importância para nós, mulheres, mas o foco deste evento é alcançar a sociedade de um modo geral. Em um tempo não muito distante a vida política e acadêmica era um privilégio somente destinado aos homens. Para as mulheres cabiam tarefas muito mais ligadas à realidade doméstica do que à intelectual. Estudo, voto e cargos profissionais de destaque, por exemplo, eram ideais distantes. Graças a lutas e diversos movimentos País afora, a moldura e a imagem desse quadro mudou significativamente de perspectiva, inclusive, graças ao pioneirismo de corajosas mulheres”, disse a desembargadora Carla Reis.

A magistrada também pontuou os obstáculos para alcançar a independência ainda presentes no dia a dia de muitas mulheres, como a desigualdade salarial, a falta de oportunidade de emprego, a discriminação no mercado de trabalho e a falta de oportunidades, que as coloca economicamente dependente de parceiros, maridos e familiares.

“Diante desse cenário é imprescindível reconhecer que dinheiro, poder e economia são elementos fundamentais para igualdade de gênero e transformações sociais. Nós, mulheres, temos lutado por décadas para termos acesso a esses recursos e embora ainda haja muito a ser feito é encorajador ver que, cada vez mais, conquistamos independência financeira, ocupamos cargos de liderança e nos engajamos em movimentos sociais”, destacou Carla Reis em referência às questões abordadas na exposição.

Representando a embaixadora da Suécia no Brasil na abertura da exposição, a cônsul honorária Gisélle Lins afirmou que a pauta das conquistas femininas é prioritária e falou sobre a necessidade de investir em políticas públicas como parte da educação no Amazonas. “Essa é uma pauta de prioridade para a sociedade. A exposição aborda os direitos da Mulher, do empoderamento dela e de como a Suécia, que é um país extremamente desenvolvido, trabalha essa pauta, trabalha esse tema como política pública, sendo um exemplo a ser conhecido e replicado”, disse Gisélle Lins.

Originalmente designada “Her Rights – Money, Power, Autonomy”, a exposição é formada por 22 painéis que apresentam a cronologia e a história dos esforços da Suécia para fortalecer políticas progressistas e reformas legais, além de destacar o papel do movimento de mulheres no avanço pela conquista dos seus direitos, destacando a necessidade de ações na área da igualdade econômica de gênero.

A exposição passou por Recife, Brasília, São Paulo e chegou a Manaus no último mês de abril, quando foi instalada na Universidade Nilton Lins. De acordo com Gisélle Lins, estão sendo feitas tratativas para que seja levada a vários outros órgãos, como a Fapeam, a Secretaria Municipal de Saúde e a Assembleia Legislativa do Amazonas.

“Nossa intenção é que a exposição possa chegar a vários espaços e alcançar o máximo de pessoas, com a finalidade de sensibilizar, principalmente, os setores que são formadores de opinião e que podem ajudar a diminuir as condutas que contribuem para a desigualdade de gênero. A mostra oferece um panorama de como a Suécia trabalha essa temática, em vários setores, como na política, na educação, nas questões de saúde”, frisou Gisélle.

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