Mãe de ex-miss de Manicoré morre de câncer horas depois da condenação de assassino da filha

Mãe de ex-miss de Manicoré morre de câncer horas depois da condenação de assassino da filha

A mãe da ex-miss Manicoré Kimberly Mota, Neylla Pinheiro Mota, morreu na noite desta quinta-feira (28), horas depois do juiz decretar a condenação do ex-namorado da filha, Rafael Fernandez Rodrigues, a 14 anos de prisão em regime fechado pela morte da jovem. Neylla lutava contra um câncer. A sentença foi dada no fim da tarde desta quinta-feira (28).

Neylla chegou a participar do julgamento, sendo a primeira testemunha de acusação, na quarta-feira (27).

O depoimento da mãe da ex-miss foi por meio de videoconferência, uma vez que se encontrava hospitalizada em uma unidade de saúde da capital devido a uma leucemia. Ela não resistiu a doença e faleceu horas depois do julgamento.

O julgamento

Acusado da morte de Kimberly Karen Mota de Oliveira, Rafael Fernandez Rodrigues foi condenado a 14 anos de prisão em regime fechado, em Sessão de julgamento popular que começou na manhã de quarta-feira (27/10), foi suspenso um pouco depois das 21h e retomado nesta quinta-feira (28/10), sendo encerrado às 15h45.

A sessão foi presidida pela juíza de Direito titular da 2.ª Vara do Tribunal do Júri, Ana Paula de Medeiros Braga Bussulo, e realizado no auditório do Fórum Ministro Henoch Reis, no bairro São Francisco, Zona Sul de Manaus. O Ministério  Estado do Amazonas (MPE/AM) foi representado pelas promotoras de justiça Marcia Cristina Oliveira e Lilian Nara Pinheiro. O réu foi defendido pelos advogados Josemar Berçot, Josemar Berçot Junior, Eguinaldo Gonçalves de Moura e Camila Alencar de Brito.

Durante o julgamento da  Ação Penal n.º 0659697-14.2020.8.04.0001 foram ouvidas cinco testemunhas de acusação e três de defesa, pois uma das testemunhas do Ministério Público também foi requisitada pela defesa.

Denúncia

O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) ofereceu denúncia contra Rafael Fernandez Rodrigues como incurso nas penas do art. 121, parágrafo 2.º, incisos I (motivo torpe), IV (recurso que tornou impossível a defesa da ofendida) e VI (feminicídio), do Código Penal.

De acordo com o inquérito policial que deu origem à denúncia formulada pelo MPE, Rafael e a vítima, que tinha 22 anos, mantiveram um relacionamento amoroso e, no dia dos fatos, 11 de maio de 2020, encontravam-se no apartamento do acusado, localizado na Avenida Joaquim, no Centro de Manaus. Após supostamente ver notificações de mensagens de homens no celular da jovem, Rafael a teria questionado, quando ela disse que não tinha intenção de reatar o relacionamento com ele.

Ainda conforme a denúncia, após essa conversa, o acusado foi à cozinha e escondeu uma faca na cintura. Depois, teria atacado Kimberly no quarto do apartamento. Ainda segundo o MP, após o crime, o acusado empreendeu fuga e foi capturado no dia 15 de maio, no município de Paracaima, em Roraima.

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