Pazuello sabia da crise de oxigênio e disse isso ao vivo. Usinas que prometeu chegam hoje, dia em que deveriam funcionar. Veja vídeo

Pazuello sabia da crise de oxigênio

Pazuello sabia da crise de oxigênio e não tomou as medidas necessárias, que exigiam urgência de guerra para salvar vidas

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, não só tinha todos os dados sobre a crise de oxigênio em Manaus, como falou sobre isso no balanço das ações da pasta no Amazonas, um dia antes das mortes. É o que revela o vídeo do que ele disse no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) do Estado, quarta-feira (13/01), como balanço dos dias em que a pasta praticamente se instalou na capital amazonense.

E o ministro fez promessas: “Vamos comprar, transportar e instalar em quatro dias dez usinas de oxigênio que resolverão o problema dos hospitais”, disse. As usinas, conforme fontes do Governo do Estado, chegam somente hoje (17/010) a Manaus e devem levar mais dois dias, e mais mortes, até serem instaladas.

Veja o trecho em que o ministro da Saúde fala da crise de oxigênio no Amazonas. Ficou demonstrado, com todas as letras, que ele conhecia, previamente, todas as dificuldades. Os fatos mostram que não tomou providências, suficientes, para evitar as mortes.

O ministro voltou a Brasília e, pelo que tudo indica, deu ao presidente da República, Jair Bolsonaro, informações de que a questão estava resolvida. Tanto que Bolsonaro, numa das declarações na porta do Palácio do Alvorada, disse que o governo havia feito “tudo o que pode” pelo Amazonas e que “foi preciso uma intervenção” para “resolver o problema”, que levou à crise atual.

 

Logística

Pazuello conhece bem as dificuldades logísticas para abastecer Manaus de oxigênio. Isso ficou claro no balanço realizado dia 13/01. “Precisamos de uma ponte aérea, outra fluvial e mais transporte terrestre, via BR-319”, disse.

A ajuda, que no discurso parecia solucionada, acabou não chegando e os hospitais viveram a crise de oxigênio no dia seguinte, quinta (14/01).

A crise continua grave e está chegando também aos hospitais do interior. O prefeito de Parintins, Bi Garcia, teve que comprar uma usina para produzir oxigênio para o hospital local. O número de pacientes internados por Covid-19, que no primeiro pico da pandemia chegou a 55, agora pulou para 103. A usina deve ser inaugurada até terça-feira (19/01).

Veja a íntegra do pronunciamento do ministro, no balanço das ações do Ministério da Saúde em Manaus:

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