Apontadas entre os melhores pontos para banho dos arredores de Manaus, as praias de Paricatuba, em Iranduba, estão no seco. A vila fica no fim do ramal cuja entrada é no KM-21, da rodovia AM-070 (Manaus-Manacapuru). A água está além da areia, chegando àquela parte de lodo que afasta banhistas. Até a praia do Lago, persistente na enchente, está abandonada.
A praia Central, na frente da vila, é excelente para caminhada. Oferece, como uma espécie de “bônus”, um vento persistente e o visual esfuziante das praias da margem esquerda do rio Negro. O Tupé, no auge, é logo em frente. Há até alguns praticantes de Stand Up Paddle (SUP) que fazem a travessia.
Em outro atrativo de Paricatuba, a praia da Bica, ao lado da praia do Inglês, a água também deixou para trás a faixa de areia. Os frequentadores não vão ao local neste período.
Na praia do Lago, como este portal já demonstrou, a seca é cruel. Depois da faixa de areia crescem algumas árvores de igapó e depois vêm barro e lodo. É possível ir à pé até a praia Central.
Veja, no vídeo, um passeio da praia Central, onde se vê um iate, até o lodo em frente à praia do Lago:
Números do rio Negro
O rio Negro parou de secar no dia 15/10, quando o nível estava em 16m97 e terminou a vazante. No dia 31/08, quando a régua do Roadway marcava 25m85, a praia do Lago ainda recebia visitantes. O rio secou, em 44 dias, 8m88, mudando totalmente o cenário.
Ano passado, quando o rio começou a encher em 24/10, atingiu 25m83 – quando a praia do lago vira opção única – somente no dia 15/04. O cálculo de moradores é que as demais praias voltem a ficar boas para banho no final de dezembro. Mas tudo depende do ritmo da enchente.
Arraias
Um perigo, quando o rio está enchendo, são as arraias. Pescadores dizem que elas somem na vazante, mas voltam às margens na enchente. É preciso cuidado especial com aquela parte escura da água. É lá que os sedimentos ficam depositados e onde as arraias gostam de ficar.
Os mais velhos entravam na água cutucando o fundo do rio, à frente deles, com uma vareta. As arraias correm quando sentem o toque.
Nem é preciso dizer, mas não custa nada: se o banho for de pisar no fundo do rio é melhor impedir as crianças. Todo cuidado é pouco para evitar que o lazer se transforme em acidente.
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