Tubaínas atacam ZFM, depois de ‘tirada’ do presidente Jair Bolsonaro

Tubaínas atacam ZFM

Tubaínas atacam ZFM, por conta da brincadeirinha de Bolsonaro. Ainda bem que a decisão final é dele mesmo

“Quem é de direita toma cloroquina; quem é de esquerda, tubaína”. A frase, do presidente Jair Bolsonaro, provocou um ataque das indústrias de tubaína à Zona Franca de Manaus (ZFM). O presidente da Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras), Fernando Rodrigues de Bairros, defende que o presidente revogue o decreto 10.254/2020. Trata-se do aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos refrigerantes, de 4% para 8%, entre junho e novembro. O reajuste é esperado como salvação do Polo de Concentrados da ZFM.

As tubaínas têm luta histórica contra multinacionais dos refrigerantes. Localizadas, na maioria, entre São Paulo e Minas Gerais, elas combatem incentivos fiscais da ZFM. A Afrebras tem cerca de 100 empresas associadas.

As multinacionais de refrigerantes oferecem cerca de 12 mil empregos no Amazonas. Compram matéria-prima, cafeína de cana-de-açúcar e guaraná, de Presidente Figueiredo e Maués. Os dois Municípios têm nessa produção uma das raras fontes de empregos.

“Em vez de politizar o uso do medicamento, (o presidente) deve acabar com regalias fiscais milionárias concedidas a multinacionais de bebidas na ZFM”, diz Fernando Bairros. O argumento principal, para o que ele afirma significar economia de R$ 2 bilhões em impostos, é que associadas da Afrebras “distribuem alimentos e álcool em gel” para combater a pandemia.

A Afrebras, em resumo, atacaria a ZFM de qualquer maneira e se agarrou a dois fatores: o pretexto oferecido pela frase de Bolsonaro e a oposição de grandes veículos de comunicação ao presidente. A “Nota de Repúdio” da entidade ganhou espaço nobre nesses veículos.

 

Polo ameaçado

O Polo de Concentrados vem sofrendo ataques seguidos. O governo Temer derrubou o IPI do setor, que era de 22%. Quanto maior o percentual, melhor o desempenho das indústrias da ZFM, isentas de IPI. A mexida no imposto se deveu ao lobby das tubaínas. Agora, elas querem manter o percentual nos atuais 4%.

Por conta da instabilidade tributária, a Pepsi-Cola deixou Manaus e o Brasil. Coca-Cola, representada pela Recofarma Indústria do Amazonas, e Companhia de Bebidas das Américas (Ambev) são as maiores estabelecidas na ZFM.

Veja, abaixo, o vídeo em que Bolsonaro solta a frase contestada pela Afrebras.

Veja também
Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Portal do Marcos Santos
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.