Onde estarão os desaparecidos Erlon, Andressa, Shara e Cinthya?

Uma mostra com fotos de pessoas desaparecidas no Amazonas, realizada em parceria do Ministério Público (MPAM) e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado (SEC), traz a lembrança de alguns casos famosos e misteriosos de crianças e mulheres que desapareceram na capital.

Algumas mais recentes, como do pequeno Erlon Gabriel Dias Costa, de 2 anos, que sumiu em fevereiro deste ano; outras bem mais antigas, como da pequena Shara Ruana Reis, desaparecida desde 2007, quando tinha apenas 7 anos.

A mostra ocorrerá a cada dois meses e contará com a presença das famílias dos desaparecidos. No perfil do Programa de Localização e Identificação de Pessoas Desaparecidas (PLID) no Instagram é possível encontrar também a imagem de Andressa Castilho de Souza, 23, que foi vista pela última vez no dia 28 de novembro de 2017.

Corpo de Andressa

Apesar de diversas buscas realizadas, o corpo de Andressa nunca foi localizado e há vários suspeitos de sua morte, alguns presos. A Polícia Civil fez ações em algumas áreas da cidade, desde o bairro União da Vitória, passando por áreas alagadiças e próximas ao Complexo Penitenciário Anílsio Jobim (Compaj).

No caso de Andressa, Alex da Silva Sabóia, 45, foi preso como autor do assassinato do detento Daniel Ferreira Chaves e está envolvido na morte da desaparecida. Ela sumiu após visitar o companheiro no regime fechado do complexo. A polícia trabalhou com a hipótese de um crime macabro, realizado na área de mata do Compaj.

Garoto

Mais recente é o caso de Erlon, desaparecido quando brincava no pátio de casa, no bairro Tarumã-Açu, zona Oeste de Manaus. A mãe, Maria Dias, 33, acredita que o menino foi sequestrado enquanto ela colocava roupa para lavar. Várias versões sobre o caso surgiram e até fake news sobre sequestros em série de crianças apareceram. Menos o garoto.

Maria contou que preparava o almoço e o filho brincava no pátio, como de costume. Ela suspeita que um carro preto que passou pelo local, parou e ocupantes levaram o menino. Atrás da residência há uma área de mata, onde os bombeiros realizaram buscas sem sucesso.

Parentes e mães perguntam todos os dias onde estão as filhas desaparecidas Shara Ruana e Cinthya Gama. Gama sumiu desde 2016. Com idades próximas, elas não deixaram rastros.

Shara Ruana

O dia 28 de outubro de 2007 é uma data que ainda machuca a dona Alzenira Lira, costureira. Ela é mãe da menina Shara Ruana, um dos casos mais conhecidos da capital amazonense e aconteceu quando a criança saiu para comprar pão, no bairro Betânia, zona Sul de Manaus. Ela nunca mais foi vista.

A comerciante Cristiana Batista da Gama é outra mãe amazonense que perdeu a filha para o mundo em 5 de outubro de 2016. A menina Cinthya Gama foi buscar o irmão na escola e não voltou mais.

PLID

O programa tem, atualmente, 258 sindicâncias em andamento, das quais 105 são de pessoas desaparecidas e 153 de pessoas localizadas com indicação de desaparecimento, incluindo corpos não reclamados e não identificados.