Por R$ 9,3 milhões, Fametro arremata prédio da Santa Casa em Manaus

Fametro

A Santa Casa de Misericórdia de Manaus foi arrematada por R$ 9,3 milhões pelo Centro Universitário Fametro, em leilão que ocorreu nesta quinta-feira (21), no Fórum Henoch Reis, na zona Centro-Sul da capital. O leilão é resultante de ação do Município de Manaus para execução fiscal de dívida ativa.

O bem foi oferecido em praça única, para arrematação pelo equivalente a 100% do valor da avaliação de acordo com o artigo 891 do Novo Código de Processo Civil, avaliado atualmente em R$ 15.839.955,85. O prédio da Santa Casa acabou sendo arrematado por R$ 9,3 milhões, pela Fametro, grupo forte na educação superior em Manaus.

Segundo o interventor judicial da Santa Casa de Misericóidia, Tiago Queiroz de Oliveira, é a primeira vez que o bem foi a leilão e o valor recebido será destinado ao pagamento das 112 famílias de trabalhadores que, desde 2004, não receberam suas verbas rescisórias.

Hospital Universitário 

A Fametro informou que pretende utilizar o prédio da Santa Casa como Hospital Universitário. Os planos são de até o final de 2020 o local já servir como hospital universitário da instituição.

Atualmente, a Fametro tem em sua grade curricular vários cursos na área da Saúde, como Medicina, Medicina Veterinária, Fisioterapia, Biomedicina, Nutrição, Enfermagem, dentre outros.

O prédio

O prédio da Santa Casa de Misericordia fica localizado na rua 10 de Julho, n.º 318, no Centro da cidade, em área tombada pelo Município de Manaus e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O prédio totaliza 8.982,36 m², com o terreno em área de 10.430,26 m² e perímetro de 433,14 m. 

Abandonado

Abandonado há anos, o prédio regularmente é utilizado por usuários de drogas que circulam no Centro da cidade. No local, já foram encontrados corpos e ocorreram homicídios.

Leilão

Em junho deste ano, a juíza da 1ª Vara Federal no Amazonas, Jaiza Fraxe, determinou que a Santa Casa de Misericórdia de Manaus fosse retirada de leilão que ocorreria em 28 de junho.

Na decisão, a magistrada afirmou que a restauração do patrimônio histórico é urgente e independe do depósito do valor referente à notícia de desapropriação para fins de utilidade pública.

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1 comentário

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  1. Francisco Chagas disse:

    É o capitalismo sobrepondo às necessidades do nosso povo e nossa gente, cujo estado torna-se inimigo do povo pobre e, um aliado dos patrões.