
Operação identificou supressão ilegal de 19 mil hectares de floresta e autuou 46 pessoas por grilagem, desmatamento e ocupação irregular de terras públicas. (Foto: Reprodução)
Uma operação em curso do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) embargou 28 mil hectares na Amazônia para forçar a regeneração da vegetação nativa destruída ilegalmente. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), cerca de 19 mil hectares de floresta foram suprimidos — área equivalente a 26 mil campos de futebol. A ação resultou na lavratura de 87 autos de infração contra 46 pessoas.
Os alvos da fiscalização são acusados de desmatamento ilegal, invasão e grilagem de terras públicas, impedimento à regeneração natural e descumprimento de embargos anteriores. Além disso, os responsáveis pelas áreas embargadas foram notificados a retirar o gado criado irregularmente nas glebas degradadas.
As informações levantadas já foram encaminhadas ao Ministério Público Federal, que poderá abrir ações civis públicas. Dependendo do grau de responsabilidade, os envolvidos podem ser presos.
Um dos focos da operação está no assentamento Juma, considerado o maior da América Latina. O Ibama identificou que pessoas não aptas à reforma agrária vêm comprando lotes de beneficiários originais para concentrar grandes extensões de terra — prática que configura desvio da finalidade do programa.
Segundo o órgão, a atuação da fiscalização não se deu sobre pequenos produtores, mas sim sobre grandes grileiros e desmatadores, apontados como responsáveis por esquemas de enriquecimento ilegal por meio da exploração de recursos naturais e da apropriação de terras públicas.
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