Após defesa abandonar sessão, julgamento do caso Viviane Costa será retomado nesta segunda-feira (07)

Após defesa abandonar sessão, julgamento do caso Viviane Costa será retomado nesta segunda-feira (07)

Crime foi cometido em 2013 e tem como um dos réus o ex-companheiro da vítima (Foto: Divulgação)

Após mais de uma década de espera, a família de Viviane Costa de Castro pode, enfim, ver um desfecho no processo que investiga sua morte. O júri popular dos dois acusados pelo assassinato da jovem, ocorrido em 2013, está agendado para a próxima segunda-feira (7), no Tribunal do Júri da Comarca de Manaus.

Viviane foi morta aos 36 anos, em um crime que, segundo o Ministério Público, foi premeditado e teve motivação torpe. Um dos réus é o ex-companheiro da vítima, Francisco Almeida, pai da filha caçula de Viviane. Ele é apontado como o mandante da execução.

A nova data do julgamento vem após sucessivas frustrações para os familiares. Em 22 de maio deste ano — dia em que o assassinato completou 12 anos — a sessão de júri chegou a ser iniciada, mas foi suspensa por conta de uma série de impasses envolvendo as defesas dos acusados.

Na ocasião, Francisco Almeida apresentou um atestado médico que confirmava diagnóstico de Covid-19, o que levou o juízo a propor a participação dele por videoconferência, conforme previsto no Código de Processo Penal. Mesmo com a possibilidade, a defesa de Alesson Mota, também réu no processo, se retirou do plenário, alegando prejuízo à estratégia de defesa.

Diante da situação, e da recusa do acusado em aceitar representação da Defensoria Pública ou defensor dativo, o juiz decidiu pelo adiamento da sessão para preservar a legalidade do processo.

Para os familiares, o novo adiamento foi mais um golpe. “Justamente no dia em que completamos 12 anos do assassinato da minha filha, tivemos que sair do fórum mais uma vez sem resposta. É doloroso demais”, desabafou Joana da Graça da Costa Souza, mãe de Viviane, que também atua como assistente de acusação no caso.

O julgamento da próxima segunda-feira representa, para a família, uma esperança de encerramento simbólico. “Sabemos que nenhuma decisão poderá apagar o passado, mas este passo representa a chance de dar voz à verdade e iniciar, enfim, um caminho de reparação e paz para todos que esperaram por justiça”, afirmou Joana.

O crime

Viviane Costa foi assassinada em 23 de maio de 2013. A investigação apontou que ela foi morta de forma premeditada, em uma emboscada que dificultou qualquer chance de defesa. O crime teria sido encomendado por Francisco Almeida e executado com a ajuda de um comparsa, Alesson Mota. Na época, Viviane deixou duas filhas, de 2 e 15 anos.

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