Polícia Civil sedia 3º Curso Nacional de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos coordenado pela PF

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) sediou e participou, na segunda-feira (30/06), o 3º Curso de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cira), promovido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senasp/MJSP), por meio da Divisão de Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD) da Coordenação-Geral de Repressão à Corrupção (CGRC) do Departamento de Investigação e Combate ao Crime Organizado (DICOR) da Polícia Federal (PF).

A cerimônia de abertura aconteceu no auditório da Delegacia Geral da PC-AM, localizada no bairro Dom Pedro, zona centro-oeste de Manaus. A formação contemplou o uso de ferramentas de business intelligence e análise fiscal, abordando desde tipologias de lavagem de dinheiro até estudos de caso e modelos de atuação integrados.

O curso contou com a participação de 60 alunos, sendo oito da Polícia Civil do Amazonas e 19 policiais civis das demais federações, além de representantes das 27 superintendências da Polícia Federal.

Abertura

Na mesa de abertura, estiveram presentes o superintendente regional da Polícia Federal no Amazonas, delegado João Paulo Garrido; o secretário executivo adjunto de Operações Integradas, coronel André Gomes Mattos, representando o secretário de Segurança Pública do Amazonas; o coordenador de Repressão à Corrupção da Polícia Federal delegado Felipe Alcântara e pelo Delegado-Geral do Amazonas Bruno Fraga.

De acordo com o delegado-geral da PC-AM, Bruno Fraga, a colaboração entre as instituições, aliada ao uso de ferramentas modernas, é essencial para contribuir de forma decisiva nas investigações da polícia judiciária. Ele também agradeceu aos delegados presentes, que vieram de diversas regiões do país para compartilhar conhecimentos e aprimorar suas competências, fortalecendo, assim, as forças de segurança.

Técnico

“Meu desejo é que saíssemos daqui não apenas com enriquecimento técnico, mas também com uma parceria institucional sólida, fundamental para o enfrentamento da criminalidade, especialmente das organizações criminosas. A recuperação de ativos é uma ferramenta estratégica moderna, que deve caminhar lado a lado com o trabalho investigativo da Polícia Judiciária, para dissuadir crimes de grande porte e reconquistar a confiança da sociedade nas ações policiais”, destacou o delegado-geral Bruno Fraga.

A delegada Ana Cristina Braga, coordenadora da Rede Nacional de Recuperação de Ativos, explicou que a Senasp, por meio da Rede Recupera, tem promovido políticas públicas voltadas ao fortalecimento da polícia judiciária, com foco em investigações qualificadas, sobretudo nas áreas financeira e patrimonial, além do processo de recuperação de ativos. Segundo ela, a criação da rede é uma resposta à necessidade de dar visibilidade a esse processo, que até então era pouco conhecido por muitos policiais ao ingressarem nas forças de segurança.

Ana Cristina ressaltou, ainda, que esse esforço conjunto busca enfrentar a criminalidade de maneira mais eficaz e integrada, e que o curso representa uma mudança de paradigma na segurança pública.

Marco

“Espero que ele seja um marco para todos os presentes. Que possamos compreender que nossa missão vai além de prender. É preciso descapitalizar os grupos criminosos; ao fazer isso, enfraquecemos suas ações e, ao mesmo tempo, fortalecemos a segurança pública, recuperando os ativos obtidos ilicitamente pelos criminosos, reinvestindo na capacitação e no aparelhamento das nossas forças de segurança. Isso é essencial para fortalecer a nossa atuação”, concluiu a delegada.

A parte prática do 3º CIRA ocorrerá nas dependências do centro universitário Fametro que cedeu suas dependências para o aperfeiçoamento dos agentes de segurança.