
Foto: Glen Dinely/Maná Produções
Cultura, criatividade e muitas surpresas marcaram o início do 58° Festival de Parintins, nesta sexta-feira (27), no Bumbódromo. A festividade continua hoje e amanhã.
Os bois-bumbás Caprichoso e Garantido trouxeram para arena a garra e a vontade de ser campeões. A torcedora encarnada Zilmar Carneiro, 59, declarou seu amor na primeira noite de disputas. “Eu estou vendo o meu boi espetacular, trazendo a cultura ao povo, mostrando tudo o que ele prometeu. Nós amamos esse boi por tudo que ele representa para o nosso povo. Eu me sinto muito emocionada por estar prestigiando essa festa. Enquanto eu viver, eu vou prestigiar essa festa e essa cultura que eu amo tanto”, disse Zilmar.
O eletrotécnico e torcedor azulado Ricardo Bastos, 50, expressou sua expectativa. “A expectativa é o Caprichoso tetracampeão, porque no desenvolver desses anos todos, desde 2019 ninguém vê o boi Garantido como ele era antes. Ser caprichoso é ser plural sem perder a identidade. O folclore e estar sempre inovando”, comentou.
Garantido
O boi-bumbá Garantido abriu a primeira noite com tema “Somos o Povo da Floresta”, exaltando o sentimento da nação vermelha e branca e as raízes dos povos originários. Quatro alegorias, 300 batuqueiros e 1.500 brincantes participaram do espetáculo.

Foto: Glen Dinely/Maná Produções
Sua apresentação foi dividida em quatro atos, começando com a celebração folclórica, ao som da toada “Somos os povos da Floresta”. Em seguida, a lenda amazônica “Tapyra’yawra”, figura típica regional “Povo Negro da Amazônia”, e, por fim, o ritual indígena “Moyngo, a Iniciação Maragaeum”.
“O Garantido apresentou um espetáculo na arena com um novo formato dinâmico e bem planejado, demonstrando que a produção deve ser organizada e precisa, sem espaços vazios. Por isso, cumprimos a duração planejada de duas horas e meia”, afirmou o presidente do bumbá vermelho, Fred Góes.
Caprichoso
O boi-bumbá Caprichoso encerrou a primeira noite com o tema “Amyipaguana: Retomada pelas lutas”, trazendo a consciência e a valorização dos povos indígenas, raízes-brincadeiras e a ancestralidade. Foram três alegorias, dois módulos alegóricos, 300 marujeiros e 1.800 brincantes.

Foto: Arleison Cruz/Secom
Dividido em cinco momentos, o bumbá começou sua exibição com a Lenda Amazônica, seguida da celebração indígena “Amyipaguana – Revolução Maracá”, figura típica regional “Majés, as Senhoras da Cura”, momento coreográfico “Raízes da Luta: Ancestralidade Yanomami” e finalizando com o ritual indígena “Ritual Tupinambá: A Retomada da Verdade Originária”.
O diretor de arena do touro preto, Edwan Oliveira, disse que o Caprichoso fechou a primeira noite com chave de ouro. “Foi um grande espetáculo que superou as expectativas do público, um trabalho árduo das equipes e artistas. Nós estamos muito felizes porque a reação da galera é essa, de alegria, de felicidade. Estamos satisfeitos com o impacto inicial e só gratidão a Nação Azul e Branca. E vem mais surpresas nas próximas duas noites”.

Foto: Arleison Cruz/Secom
O 58° Festival de Parintins continua neste sábado (28), com a segunda noite de apresentações na arena do Bumbódromo. O Boi Caprichoso abre a noitada e o Garantido encerra.
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